Três quartos dos holandeses acreditam que as atividades envolvendo animais selvagens em cativeiro não devem mais ser oferecidas por operadores turísticos, revela uma pesquisa realizada pela Ipsos em nome da World Animal Protection. Diante desses resultados, a organização de proteção animal está instando os partidos políticos a incluírem a proibição do entretenimento com animais selvagens em suas agendas eleitorais.

A pesquisa indica que os holandeses consideram ultrapassadas atividades como andar de elefante ou tirar selfies com tigres. Aproximadamente 80% dos entrevistados prefeririam ver animais na natureza em vez de em cativeiro, e muitos acreditam que essas atividades turísticas são prejudiciais ao bem-estar dos animais.

Dirk-Jan Verdonk, diretor da World Animal Protection Holanda, expressou satisfação pelo aumento da preocupação das pessoas com as condições de vida dos animais selvagens e o desejo de fazer mais para garantir sua liberdade. Ele afirmou à RTL News: “Manter animais selvagens em cativeiro é prejudicial ao bem-estar deles.”

Verdonk também apontou que a responsabilidade não recai apenas sobre os operadores turísticos, afirmando: “Os operadores turísticos devem ser criticados pelas atividades que vendem, mas esse sistema deficiente é mantido não apenas pelos operadores, mas por mais instituições. É necessária uma mudança política para acabar com a exploração da vida selvagem para fins comerciais.”

A pesquisa também revelou que 46% dos entrevistados não se importaria em participar de atividades relacionadas à vida selvagem. As mais populares incluem nadar com golfinhos, soltar tartarugas e assistir a shows de golfinhos e orcas. No entanto, a World Animal Protection alerta para o sofrimento por trás dessas atividades, citando exemplos como a manutenção de golfinhos e orcas em tanques muito pequenos e o confinamento contínuo de tigres.