Girafas não são animais simples de encontrar na natureza. Embora não estejam listadas como espécie globalmente ameaçada, especialistas alertam para riscos significativos relacionados à sua sobrevivência.
Essa atenção aumenta quando falamos de subespécies específicas. Em um caso único, existe apenas um exemplar conhecido em todo o planeta: a girafa branca.
Proteção permanente
Esse raro macho vive no nordeste do Quênia e foi equipado com um dispositivo de rastreamento por GPS. Ele chegou a conviver com duas outras girafas que possuíam a mesma mutação genética rara.
No entanto, tanto a fêmea quanto o filhote brancos foram mortos por caçadores em uma comunidade localizada no condado de Garissa, também no Quênia.
A coloração clara desses animais é causada por uma condição chamada leucismo, que impede a formação de pigmentos naturais na pele.
O equipamento de GPS foi instalado em um dos chifres e transmite a cada hora a localização exata da girafa.
Graças a isso, ambientalistas podem monitorar em tempo real seus movimentos e aumentar as chances de protegê-la contra caçadores ilegais.
Reserva e ameaças
O pedido de instalação do rastreador foi feito pela Ishaqbini Hirola Community Conservancy, área de preservação onde a girafa se encontra.
Essa região é extensa, aberta, sem cercas, e abriga diversas comunidades que vivem em seu interior.
Segundo dados da Africa Wildlife Foundation, cerca de 40% das girafas desapareceram nos últimos 30 anos, principalmente devido à caça por carne e pela pele.
Ainda de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o número total de girafas caiu de aproximadamente 155 mil em 1985 para pouco mais de 97 mil em 2015.
Fonte: Diário do Litoral