O chimpanzé Paulinho, reconhecido por sua personalidade carismática e interação com visitantes no zoológico Quinzinho de Barros, em Sorocaba (SP), faleceu na última segunda-feira (5), aos 40 anos. Sua vida, predominantemente passada em cativeiro, privou-o da oportunidade de desfrutar de seu habitat e da convivência com outros membros de sua espécie.

O zoológico relatou que o animal, após uma série de exames, sofreu uma parada cardiorrespiratória ao retornar ao recinto. A Prefeitura de Sorocaba afirmou que um exame necroscópico foi realizado para esclarecer a causa da morte, mas os resultados ainda não foram divulgados.

Incorporado ao zoológico em 2020, Paulinho veio do Rio de Janeiro (RJ) com a finalidade de formar um par com Kelly, uma fêmea da mesma espécie. No entanto, no mesmo ano, Kelly fugiu do Quinzinho de Barros, resultando em uma “operação resgate” envolvendo mais de 40 pessoas.

É importante ressaltar que a espécie de Paulinho, Pan troglodytes, é nativa do continente africano e, atualmente, encontra-se ameaçada de extinção, conforme a lista internacional de espécies ameaçadas da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN). A situação de Paulinho destaca as questões éticas e de direitos animais relacionadas à vida em cativeiro, reforçando a necessidade de repensar a existência de zoológicos e, eventualmente, considerar a abolição dessas instituições em prol do bem-estar dos animais.