Um adolescente na Colúmbia Britânica está em estado crítico após contrair o que autoridades de saúde acreditam ser o primeiro caso humano de gripe aviária H5 no Canadá. A situação levanta preocupações não apenas sobre a propagação do vírus, mas também sobre o impacto das práticas de criação e consumo de animais na saúde pública.
De acordo com Bonnie Henry, epidemiologista e autoridade sanitária provincial, o caso é tratado como presumivelmente relacionado à cepa H5N1 da gripe aviária. O jovem, que antes era saudável, apresentou sintomas graves, como conjuntivite, febre, tosse e, posteriormente, síndrome do desconforto respiratório agudo – uma condição pulmonar grave e potencialmente fatal.
A gripe aviária H5N1 tem se espalhado pela América do Norte, afetando milhões de aves domésticas e avançando para outros animais, incluindo vacas e gatos. Nos EUA, mais de 22 milhões de aves domésticas foram contaminadas, assim como 440 fazendas leiteiras em 15 estados. Esses surtos são um lembrete alarmante das conexões entre a saúde animal e a humana, ressaltando os perigos da exploração animal em larga escala.
Embora não haja evidências de transmissão de humano para humano até o momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) alertam para a possibilidade de uma pandemia, caso o vírus sofra mutante.
A necessidade de mudanças estruturais
O caso do adolescente canadense, evidencia como zoonoses podem escapar ao controle. Esta situação reforça a urgência de compensar práticas de consumo e exploração animal, que criem ambientes propícios para o surgimento e propagação de vírus letais.
Adotar o veganismo e evitar sistemas baseados na criação de animais para consumo não é apenas uma escolha ética, mas uma medida preventiva para proteger a saúde pública e reduzir os riscos de novas pandemias. Enquanto surtos como o H5N1 continuam a emergir, é essencial abordar as raízes do problema: a exploração de animais e suas implicações globais.