A violência urbana no Rio de Janeiro tem atingido até os animais, tanto domésticos quanto silvestres.
Após registrar seis casos de cães, gatos e até um macaco-prego baleados apenas em setembro, a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais anunciou a criação de um protocolo específico para o atendimento desses animais.
A partir de agora, além de resgatar e tratar os feridos, os hospitais veterinários da rede passarão a contabilizar cada caso e notificar a polícia.
Muitos dos animais chegam aos hospitais depois de terem sido alvo direto de criminosos ou atingidos em meio a confrontos. Alguns são até “jurados de morte” por traficantes em comunidades e precisam ser retirados às pressas para não serem executados.
Entre os episódios mais recentes, está o resgate de um cão ferido na comunidade Para-Pedro, em Irajá, batizado também de Irajá, que não poderá retornar à favela por correr risco de morte. Após o bichinho ter mordido uma pessoa, ele ficou marcado pelos traficantes da região.
Outro caso que gerou grande comoção foi o da macaca-prego Maria, baleada na Gávea e que acabou não resistindo a uma cirurgia após mais de dez dias internada. Isso depois de ter ficado sem nenhum movimento nas pernas após o tiro.
Já em Realengo, o pit bull Hércules sobreviveu a três disparos e segue em recuperação no Instituto Jorge Vaitsman.
Além do atendimento, a secretaria tem buscado novos lares para esses animais. Cães resgatados são disponibilizados para adoção já vacinados, castrados e microchipados, com a possibilidade de levá-los até o novo tutor pelo programa Entrega Pet.
Os interessados podem entrar em contato pelas redes sociais da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais.