Na Cornualha, sul da Inglaterra, biólogos que monitoram a fauna marinha têm um velho conhecido. O “viajante”, como foi apelidado, é uma foca que há seis anos é avistada se locomovendo pela costa, até então com uma característica angustiante: um anel de plástico encravado em volta do pescoço.
Apesar de estarem cientes do problema do animal, da espécie foca-cinzenta, a equipe da British Divers – Marine Life Rescue (BDMLR) relata que não conseguia se aproximar do viajante, que sempre escolhia locais de difícil acesso para descansar fora da água. Até que houve uma oportunidade.
“Durante todo esse tempo ele escolheu locais ou posições inacessíveis das praias, o que fez ser impossível uma tentativa de resgate pela BDMLR por razões de segurança”, afirmou a organização.
No último domingo (14), o viajante escolheu uma praia com espaço suficiente para a aproximação da equipe de resgate. A operação foi feita de forma rápida porém cautelosa, pois as focas-cinzentas adultas podem pesar 200 quilos.
“Depois de avaliar as circunstâncias e logística envolvida, começou a preparação urgente para uma tentativa de resgate. Capturar e desembaraçar focas adultas com segurança acarreta um risco extra para os socorristas, pois são animais de grande porte e podem ficar na defensiva quando se sentem ameaçados. Eram necessários uma equipe de resgate experiente e equipamento especializado para capturar e controlar o viajante com segurança em terra.”
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Tudo correu como o planejado (veja no vídeo acima). Aproveitando um momento em que poucas focas estavam agrupadas, a equipe se aproximou e conseguiu imobilizar o animal, para então retirar o anel de plástico (um lacre de uma lata de tinta descartado indevidamente) e limpar os ferimentos no pescoço da foca, que a princípio não eram graves.
“’Viajante’ foi libertado e correu para a água a uma velocidade de nós! Ele não foi longe, pois logo foi visto descansando na água perto da costa, aparentemente não abatido pelo desgaste de sua provação e, esperançosamente, sentindo-se substancialmente melhor sem a compressão constante do pescoço”, observaram os técnicos do BDMLR.
Fonte: Um Só Planeta
