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Após salvar mais de 100 cães de enchente, morador pede doações no RS

27 de julho de 2015
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José Damião ganhou ração para alimentar cães salvos de cheia (Foto: Nelson Fernandes/Arquivo pessoal)
José Damião ganhou ração para alimentar cães salvos de cheia (Foto: Nelson Fernandes/Arquivo pessoal)

Após conseguir salvar mais de 100 cães da enchente que atingiu Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, José Damião dos Santos, de 47 anos, conta com ajuda de voluntários para reconstruir sua vida. Ele recebeu um estoque de ração para os animais, mas precisa de doações para poder repor todos os móveis e utensílios que se perderam no alagamento.
“Nesse momento, os cães estão sendo atendidos por voluntários, possuem ração estocada por um bom tempo. Estamos muito felizes. Mas não abandonaremos a causa e ainda vamos auxiliar o Seu José com os cães e também a reconstruir tudo que ele perdeu na enchente”, diz Daiane Costa da Silveira, de 24 anos, voluntária que acompanha a situação.
Interessados em colaborar podem encaminhar doações para uma conta criada no nome do próprio José, mais informações podem ser obtidas na página do Facebook da campanha.
José recolheu os animais e os colocou em um ônibus, a salvo da água que invadiu residências e alagou ruas. A atitude foi parar nas redes sociais e motivou uma corrente de solidariedade em Alvorada.
José mora com a família no bairro Americana, um dos mais atingidos pela cheia em Alvorada. Ele tem 15 cachorros em casa, e conta que recolhe cães abandonados há vários anos e os abriga em um terreno baldio, ao lado de onde mora. Com o tempo, o número de animais foi crescendo. “Eu tirei todos eles da rua, eram todos abandonados, não tinham tutor”, diz.
Quando a água subiu, José decidiu levar os animais para dentro do seu ônibus antigo, parado perto de casa. “Antes eram uns 140 cachorros. Mas muitos a enchente levou, os carros atropelaram ou morreram de doença”, lamenta.
A casa onde José mora com a mulher e três filhos ficou completamente alagada com a forte chuva da última segunda-feira (21). “Foi tudo muito rápido, não deu tempo de salvar nada. Saí com meu nenê de 10 meses no colo e com a água pela cintura. Perdemos tudo”, diz a dona de casa Carla, mulher de José. “Eu não me apego muito, mas quando vi todas as nossas coisas boiando, comecei a chorar”, completa José.
Em todo o estado, a chuva atinge 54.120 moradores de 67 cidades, sendo que 26 decretaram situação de emergência coletiva. Quase três mil pessoas estão em abrigos após terem que sair de casa.
Fonte: G1

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