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RIO DE JANEIRO

Após registro de 40 cães envenenados na Barra, Comlurb faz limpeza pesada de calçadas e canteiros; seis animais morreram

10 de junho de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução/ TV Globo

A Polícia Civil investiga o envenenamento de cerca de 40 cães no Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Em pelo menos 6 casos, os animais morreram. Após as denúncias, a Comlurb, empresa de limpeza urbana da capital fluminense, realizou uma lavagem pesada das ruas da região.

A suspeita é que uma substância tóxica tenha sido colocada pelas administrações dos condomínios da área nos canteiros para evitar a proliferação de ratos e insetos e isso tenha causado o envenenamento dos cachorros.

Uma das vítimas de intoxicação é a Mel, uma cadela sem raça definida de 11 anos de idade, que morreu no mês passado. Ela sempre circulava pelas ruas com a tutora e a passeadora.

“Ela estava passeando no dia e não conseguiu passear normal. Ela voltou para casa e começamos a observar que ela não estava se levantando, não se movia muito. Eu a levei ao veterinário na hora do almoço e lá ela desfaleceu”, contou Juliana Salinas, tutora da cadela.

Ela explicou que a Mel estava com um quadro de dor aguda, com pancreatite e gastrite severas. Os veterinários alertaram que era um caso de intoxicação. Dois dias depois, o animal morreu.

“Foi muito rápido, ela ficou sem comer neste período. Não conseguiu se reanimar. Foi no dia 8 de maio, e os casos não pararam”, disse Juliana.

As investigações acontecem com o apoio da Comissão de Defesa dos Animais da Câmara Municipal da capital fluminense.

“A gente ainda não sabe se esse envenenamento foi deliberado, se foi uma pessoa que colocou o veneno, ou alguma empresa que aplicou algum produto tóxico. A gente faz um apelo aos síndicos, aos administradores de condomínio, não só do Jardim Oceânico, mas de toda a cidade, para que não utilizem produtos tóxicos em canteiros. Porque isso pode causar danos tanto nos animais quanto nas pessoas, e pode também levar à morte”, disse Luiz Ramos Filho, presidente da Comissão de Defesa dos Animais da Câmara do Rio.

“Esse caso é grave, são muitos animais e, consequentemente, famílias atingidas por esse crime. A limpeza é necessária para retirar o veneno, mas vamos atuar fortemente também para investigar e chegar ao responsável por esse ato”, disse Carlo Caiado, presidente da Câmara.

A Polícia Civil informou que duas pessoas fizeram o registro da morte de cães no bairro. O caso é investigado pela Delegacia de Proteção do Meio Ambiente (DPMA).

Em suas redes sociais, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou que a “Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Apoio – CIVITAS da Prefeitura do Rio já está trabalhando na identificação – via câmeras – dos eventuais responsáveis por essa atrocidade”.

Fonte: G1

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