Moulin Rouge, o mais famoso cabaré do mundo, localizado em Paris, na França, anunciou que deixará de apresentar espetáculos com serpentes. Embora não tenha dito uma data para o seu fim, partilhou em nota citada pela agência de notícias francesa France-Presse (AFP) que está “consciente das evoluções da sociedade sobre o bem-estar animal” e que irá “anular a apresentação”.
Por vários anos, o espaço tem sido alvo de polêmicas entre os grupos de defesa de direitos animais por causa do controverso espetáculo com serpentes numa piscina transparente. Nele, uma dançarina é acompanhada de duas a três serpentes de duas espécies, as indianas e as do sudeste asiático, numa apresentação debaixo d’água.
Um dos inúmeros problemas disso é que as espécies são consideradas terrestres, segundo anunciou a Câmara de Paris em comunicado, e os animais são obrigados a manter a cabeça fora d’água. “Elas podem ser boas nadadoras, mas o espetáculo não tem em consideração o comportamento natural da espécie”, lia-se no documento.
Por outro lado, em 2022, o Moulin Rouge garantiu ao jornal francês “Le Parisien” que “nunca maltratou e nunca iria maltratar” os répteis. E agora, frisou que o respeito aos animais “sempre foi essencial” para o sucesso do espetáculo.
Em 2021, a França aprovou uma lei que proibia o uso de animais selvagens em discotecas e em programas televisivos a partir deste ano, além de também proibir a sua posse a começar em 2028. No entanto, não mencionava a sua permanência em cabarés. “As duas espécies usadas nessa parte do show, procedentes do sudeste asiático são espécies protegidas”, afirmou a Câmara parisiense.
Nota da Redação: A ANDA é veementemente contra a exploração de animais em espetáculos e para qualquer tipo de entretenimento humano. Uma prática desumana e cruel. Animais são forçados a realizar truques e apresentações que não são naturais para eles, e frequentemente são submetidos a condições de vida e trabalho que envolve dor e sofrimento. É importante que sejam tomadas medidas para acabar com isso no mundo todo e promover formas mais éticas e humanas de entretenimento, que não envolvam animais.
Com informações de: PIT