Os presidentes das três maiores companhias aéreas do Brasil, a Latam, a Gol e a Azul, se comprometeram a apresentar, no prazo de dez dias, um conjunto de sugestões para aperfeiçoar os protocolos de tratamento de animais transportados nos aviões. O posicionamento foi assumido em reunião, realizada esta manhã, com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e os presidentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).
As companhias aéreas também vão estudar a viabilidade da implementação, em caráter emergencial, do serviço de rastreabilidade de animais transportados no porão de aeronaves, informou nota conjunta do Ministério de Portos e Aeroportos e da Anac.
O ministério anunciou que vai lançar, ainda no primeiro semestre deste ano, uma “Política Nacional de Transporte Aéreo de Animais (PNTAA)”. A medida tem o objetivo de garantir “mais segurança e bem-estar” para os animais transportados pelo setor.
Outra iniciativa do governo será convidar representantes do Congresso Nacional para buscar sugestões para melhorar a qualidade do serviço de transporte aéreo animal no país e analisar projetos de lei em tramitação no Legislativo. A reunião está prevista para a próxima terça-feira.
A decisão de buscar o aperfeiçoamento de regras veio após a comoção gerada pela morte do Joca, cachorro que não suportou a longa viagem em avião da Gol, o que ocorreu na última terça-feira (23). O animal viajou por cerca de oito horas, em razão de demora causada pelo embarque para o destino errado.
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a cobrar a Gol a “prestar contas” sobre a morte do cão. A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, divulgou vídeo, ao lado de Costa Filho, para dizer que ficou “muito abalada” com o que ocorreu e defender a adoção de “regras mais duras” para evitar que a morte de animais transportados em aviões volte a acontecer.
Fonte: Valor