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Após morte de 3 cães, ONG denuncia envenenamento no interior do Acre

24 de junho de 2015
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Cachorro está fazendo tratamento no abrigo, com suspeita de envenenamento (Foto: Adelcimar Carvalho/G1)
Cachorro está fazendo tratamento no abrigo, com suspeita de envenenamento (Foto: Adelcimar Carvalho/G1)

A Polícia Civil de Cruzeiro do Sul, interior do Acre, investiga uma denúncia de envenenamento contra ao menos quatro cães da ONG Amor Vira-lata. Segundo as representantes da organização, três cachorros morreram com sintomas de envenenamento e o quarto animal está em tratamento em uma clínica veterinária.
O voluntário da ONG, Jarisson Rodrigues de Souza, chegou na ONG, no domingo (21) pela manhã e se deparou com os animais agonizando e com a boca espumando. “Quando vi, tentei salvá-los, mas não consegui. Perdi a cachorra que mais gostava, porque toda vez que eu chegava ela estava no portão me esperando. Acho isso uma crueldade”, diz.
Uma das responsáveis pelo abrigo, Idaianes França, registrou um boletim de ocorrência e espera que a polícia chegue aos responsáveis.
“Espero que seja feita justiça. Essa é a primeira vez que acontece caso de envenenamento nos nossos animais. Perdemos três, outro está em estado grave. Isso deixa a gente muito indignada. É revoltante ver isso acontecer. Vivemos de doação e pagamos aluguel. Nossos animais são bem tratados, só saem daqui para a adoção, após serem castrados e vacinados”, desabafa.
O veterinário Arnaldo Andrade confirmou a morte dos animais por intoxicação de chumbinho, veneno utilizado para matar ratos. De acordo com ele, os animais apresentaram alterações que são típicas de envenenamento. “Os animais estão sendo envenenados. Três morreram e um está na minha clínica fazendo tratamento. Os animais apresentaram incoordenação motora, diarreia com sangue. olhos esbugalhados e dores abdominais. É inadmissível jogar veneno para um animal, é como matar uma criança”, destaca.
O delegado Elton Futigami solicitou laudo da ONG e da Vigilância Sanitária na tentativa de comprovar o envenenamento dos cães. “Vamos verificar se houve envenenamento ou não. Caso seja confirmado o crime, será instaurado um inquérito. Uma vez identificada a autoria, a pessoa responsável responderá por crime ambiental, podendo pegar pena que vai de três meses a um ano de reclusão”, explica.
A Amor Vira-lata existe em Cruzeiro do Sul há dois anos. Neste período, cerca de 300 cães já passaram pela entidade e, após serem castrados, foram destinados à adoção. Atualmente, 40 animais estão na ONG, que é administrada por três mulheres e mantida com doações de empresários que ajudam no custeio do abrigo, localizado no bairro do Divisor.
Fonte: G1

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