Um  cão da raça pit bull de um ano e três meses foi parar na Central de Flagrantes, no 5° Distrito Policial em Boa Vista (RR), após ser encontrado pela então ex-tutora, de 48 anos, no bairro Buritis, zona Oeste de Boa Vista. De acordo com ela, o cão foi levado de casa há três meses, no mesmo bairro.

A ex-tutora contou que, desde junho, o cão estava desaparecido. Mas na noite desse sábado (24), foi visto em uma casa no bairro Buritis. Segundo ela, o nome do cachorro é ‘Maylon’ e quando chegou à residência para buscá-lo, se surpreendeu com a argumentação da mulher que cuidava do cão.

“A dona da casa disse que achou meu cão na rua todo machucado e se recusou a entregá-lo. Mas meu cachorro estava do mesmo jeito, depois de três meses. Meus filhos e netos são muito apegados a ele. Então, como ela não o devolveu, chamei a Polícia que nos trouxe à Delegacia”, esclareceu.

Ela ressaltou ter cuidado de Maylon desde quando o cão tinha dois meses, época em que o animal foi levado de casa. “Andei procurando por ele durante esse período em que estava desaparecido. Quando eu gosto de um cão é como se fosse um parente da minha família. E neste sábado eu o encontrei. Quando me viu, veio em minha direção”, afirmou a ex-tutora.

Já a atual tutora de Maylon, de 40 anos, que mora no mesmo bairro onde o cão sumiu, relatou ter o encontrado abandonado em uma rua do bairro Mecejana. “Eu tutelava uma pit bull e havia seis dias que ela tinha morrido, quando chegou o ‘Negão’. Este foi o nome que dei a ele. Adoro animais, por isso ensinei muitas coisas, inclusive como dar à patinha. Meu filho o encontrou e o levou para nossa casa”, comentou.

De acordo com ela, neste domingo, a ex-tutora chegou exigindo ter o cão de volta. “Eu disse que ela teria de brigar na Justiça para ter de volta o cachorro, que cuidei com muito carinho e amor. Não achei ruim ter vindo à Delegacia para lutar por ele. Se eu perdê-lo vou sentir muita falta” enfatizou a mulher.

Depois de muitas discussões, a delegada plantonista do 5° Distrito Policial decidiu que Maylon ficasse com a ex-tutora. Mas ela teria de pagar um valor para atual tutora cobrir as despesas que teve com o cão.

Fonte: G1