EnglishEspañolPortuguês

INGLATERRA

Após denúncias de mortes e crueldade contra animais, zoo encerra atividades

30 de dezembro de 2024
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Reprodução

O Safari Zoo, um zoológico britânico localizado em Cumbria, anunciou seu fechamento após anos de críticas envolvendo o bem-estar animal e recentes denúncias de crueldade. A decisão surge como um símbolo de falência moral de instituições que tratam animais como atrações, ignorando sua senciência e necessidade de liberdade.

O histórico do zoo é marcado por mortes e sofrimentos. Em apenas três anos, quase 500 animais perderam a vida, incluindo casos angustiantes como uma onça-pintada que mordeu a própria pata e uma girafa sacrificada após desmaiar. Esses episódios revelam a fragilidade psicológica e física dos animais forçados a viver em ambientes artificiais e inadequados.

Sob a administração de David Gill, o Safari Zoo acumulou denúncias de negligência: animais feridos por cercas, mortos por um trem em miniatura nas instalações e até a trágica morte de um tratador atacado por um tigre. Após esse incidente, o local foi multado em £ 255.000, mas isso não impediu a continuidade de práticas questionáveis. Mesmo com uma nova gestão, a realidade para os animais mudou um pouco. Inspeções recentes trouxeram à tona mais evidências de descaso, como uma zebra sacrificada após prender o casco no recinto e uma capivara ferida por uma briga não monitorada.

Organizações em defesa dos direitos animais, como Born Free e Freedom for Animals, receberam um comunicado com o anúncio do fechamento, mas destacaram a urgência de realocar os animais em santuários. Chris Lewis, da Born Free, ressaltou a importância de garantir que esses seres sencientes não sejam mais submetidos ao confinamento, exigindo transparência no processo.

A Freedom for Animals reiterou a necessidade de abolir os zoológicos como um todo, substituindo essas instituições por santuários que respeitem a autonomia e as necessidades dos animais. Para eles, os zoológicos perpetuam uma falsa narrativa de conservação enquanto, na realidade, confinam e exploram os animais por entretenimento humano.

Foto: Reprodução

Karen Brewer, da Cumbria Zoo Company Ltd., anunciou que a organização está redirecionando suas operações para um parque de vida selvagem em Tebay, a 40 milhas de distância, e prometeu cuidados adequados durante a transição. Ainda assim, para muitos ativistas, essa mudança não resolve o problema central: a exploração de animais como objetos de exposição.

O fechamento do Safari Zoo serve como um alerta sobre a inaceitabilidade do animal de cativeiro. Lugares como esses não protegem a vida selvagem, mas aprisionam e subjugam, negando-lhes a dignidade e a liberdade. O futuro deve ser um lugar onde os animais vivam em seus habitats naturais ou em santuários que priorizem seu bem-estar, livre das classes do entretenimento humano.

    Você viu?

    Ir para o topo