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CAMPO GRANDE (MS)

Após denúncia anônima, 16 gatos são resgatados em meio a larvas e sujeira

28 de abril de 2022
3 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

Em pleno mês da Prevenção Contra Crueldade Animal, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) resgatou na manhã de quarta-feira (27) cerca de 16 gatos que viviam em meio a uma situação de extremo abandono em uma residência na Vila Planalto, em Campo Grande, após denúncia anônima. Os animais dividiam espaço com sujeira, restos de alimentos, fezes e até larvas. A tutora, de 34 anos, foi presa e responderá por maus-tratos.

A reportagem do Diário Digital apurou que a tutora reside em uma kitnet nos fundos de outra casa na capital. Quanto aos cuidados com os animais, vizinhos relataram que a mulher aparecia de oito em oito dias para alimentá-los, chegando, inclusive, a passar cerca de três meses sem visitá-los.

Os gatos estão extremamente magros e aparentemente desidratados, em decorrência da falta de alimentos e água a qual eles eram submetidos. A situação do ambiente também impactou no comportamento dos animais, conforme explica a médica veterinária do CZZ, Cláudia Macedo.

“Os animais estavam sem água, comida. Estão bem magros, além de muito estressados e ariscos, devido a falta de ar adequado. A luz solar também não tem ali dentro. Não possuem sinal de agressão física, mas estão com fome”, relata a profissional. Ela conta, também, que há fonte de alimentação no local, porém do lado de fora da residência, e os animais viviam trancados na parte de dentro do local.

A casa em que os gatos ficavam há cerca de dois anos foi encontrada em situação de sujeira extrema, com restos de alimento, fezes e lixo espalhados por toda a casa. Os mais de 15 animais conviviam, ainda, com larvas de moscas e até mosquitos da dengue decorrentes da situação do imóvel.

Para a veterinária, a mulher não realizava a manutenção do local há tempo indeterminado. “Aparentemente a pessoa que mora aqui vem esporadicamente e mora em outro local. Segundo a locatária, ela se divide entre ficar aqui e na casa de familiares, mas, pela situação, aparentemente ela não limpa há alguns meses já”, explicou.

Cláudia Macedo relata, ainda, que a locatária do imóvel, isto é, a tutora dos animais, não atendeu ao chamado do CCZ, sendo necessário apoio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat). Os animais foram resgatados e encaminhados para atendimento médico veterinário no Centro de Controle de Zooneses para, depois de avaliados, serem abrigados em outros locais.

Testemunhas residentes do local informaram que denunciam a situação desde o ano passado. A mulher foi presa e responderá por maus-tratos a animais.

Abril Laranja – A Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra os Animais (ASPCA), definiu o mês de abril como período de prevenção à crueldade contra animais. No Brasil, a Lei Federal n.º 9.605, de 1998, protege as espécies da fauna contra crimes de maus-tratos.

Conforme o Artigo 32 da lei, qualquer ato de abuso, maus-tratos, ferimentos ou mutilações contra animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, é considerado crime e pode ser penalizado de três meses a um ano de prisão e multa. Caso a prática de maus-tratos ocorra especificamente em cão ou gato, conforme atualização da Lei 14.064/2020, a pena será de reclusão, de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda.

Fonte: R7

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