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Após chuva, milhares de peixes aparecem mortos no Rio Grande do Sul

26 de dezembro de 2009
2 min. de leitura
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Há exatamente um ano, a estiagem castigava o Rio Grande do Sul. A seca, em Canoas, prejudicou o rio dos Sinos e colocou ainda mais em evidência a poluição do Rio Gravataí. Atualmente, porém, é o oposto que preocupa. O excesso de chuva tem dificultado a vida das famílias que vivem às margens do Sinos, na Prainha do Paquetá, no bairro Mato Grande. E na última quinta-feira (24) um fato isolado e inusitado aumentou a preocupação de ambientalistas. Milhares de peixes apareceram mortos no Gravataí, na altura do Clube Náutico Albatroz, no Niterói, logo após a chuva forte que caiu na Região Metropolitana.

De acordo com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a mortandade de peixes no Gravataí foi um fenômeno instantâneo. O plantonista do Serviço de
Emergência do órgão, Vilson Trava Dutra, explica que, devido à chuva forte, foi
necessário que Porto Alegre ligasse suas bombas para evitar alagamentos. Com isso, uma elevada carga de lixo e esgoto foi jogada rapidamente no rio, provocando a queda brusca da oxigenação da água. “Um grupo percorreu o rio para localizar a fonte poluidora e tudo indica que essa carga veio do Canal do DNOS, que passa atrás do aeroporto e desemboca no Gravataí”, comenta Dutra.

O presidente da Associação para Pesquisa de Técnicas Ambientais (Apta), Clóvis
Braga, calcula que mais de cinco mil peixes tenham morrido. “O volume de dejeto foi muito grande, mas hoje a situação normalizou.” Braga acredita que a
velocidade com que a carga de lixo, como plástico, animais mortos, esgoto sanitário e até móveis chegou ao Gravataí foi o que causou a mortandade. “Quando o arroio larga a mesma quantidade, só que mais lentamente, não dá tanto problema”, observa.

A Fepam informa que está monitorando o rio e que continua apurando se foi um fato pontual.

Fonte: Diário de Canoas

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