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Após atingir menor nível em 121 anos em 2023, Rio Negro volta a subir em Manaus

Na terça-feira (6), o afluente chegou a 21,46 metros, quase o dobro do mais baixo, registrado no final outubro (12,7)

8 de fevereiro de 2024
Redação Um Só Planeta
4 min. de leitura
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Foto: James Martins | Wikimedia Commons

No 2º semestre de 2023, o Rio Negro, no Amazonas, atingiu o menor nível em 121 anos em Manaus. Agora, o cenário está bem diferente. Na terça-feira (6), o afluente chegou a 21,46 metros, quase o dobro do mais baixo, registrado no finalzinho de outubro (12,7).

Reportagem do G1 visitou a região e mostra que a cheia reaqueceu setores da economia que dependem de atividades como transporte fluvial e turismo. Por exemplo, na orla da Ponta Negra, principal balneário da capital amazonense, o rio voltou a ser ponto de encontro e de diversão para turistas e moradores.

O mesmo aconteceu no Lago do Puraquequara, na Zona Leste de Manaus. Na Marina do Davi, por sua vez, a terra batida deu lugar a água.

Outros rios do Amazonas que secaram no ano passado também seguem apresentando níveis dentro da normalidade para o período, conforme apontado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB).

Mas ainda assim a situação no estado não está totalmente normalizada, e seus 62 municípios seguem sob decretos de situação de emergência. Pelos dados do último boletim divulgado pela Defesa Civil, 637 mil pessoas foram afetadas até o momento pela estiagem.

“Nossos rios já estão em recuperação, isso já permite que comunidades saiam do isolamento. Porém, os fortes impactos causados pela estiagem ainda persistem, por essa razão os 62 municípios estão com seus decretos vigentes, mas muito em breve toda a normalidade social será reestabelecida”, informou Francisco Máximo, secretário executivo da Defesa Civil do Amazonas, ao G1.

Jussara Cury, pesquisadora de geociências do SGB, relatou que, após a vazante severa de 2023, os rios precisam de tempo para se recuperar. Outro ponto que destacou é que eles ainda estão sendo impactados pela pouca quantidade de chuvas durante o El Niño, fenômeno climático natural caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico.

“O fenômeno afeta no acumulado de chuvas, que está abaixo do normal para o período. No momento. Tabatinga, no Alto Solimões, está apresentando oscilações e até descidas. O mesmo ocorre na parte norte da bacia, como Alto Rio Negro e rio Branco, em Roraima, que estão em recessão e no caso de Boa Vista [capital de Roraima] com níveis baixos para o período”, disse ao G1.

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