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EXTINÇÃO

Após anos de estudo, pesquisadores encontram ursos-polares mortos pela falta de comida e perda de habitat

13 de fevereiro de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Reprodução

A imagem icônica do urso-polar, um dos maiores animais do Ártico, está cada vez mais associada ao símbolo da crise climática. O relato impactante do fotógrafo e fundador da SeaLegacy, Paul Nicklen, revela a gravidade da situação: “em mais de 30 anos vivendo no Ártico, ele encontrou apenas um urso-polar morto. No entanto, em um período de duas semanas no ano passado, ele se deparou com dois ursos que morreram de fome. Esse cenário alarmante é um reflexo direto do avanço das mudanças climáticas e do colapso acelerado do habitat desses animais”.

Os ursos-polares dependem das placas de gelo para caçar focas, sua principal fonte de alimento. No entanto, o aumento das temperaturas no Ártico tem derretido essas plataformas de gelo em um ritmo sem precedentes, deixando os ursos sem acesso às áreas de caça. Sem gelo, eles são forçados a percorrer distâncias maiores em busca de comida, muitas vezes sem sucesso. O resultado é a fome, o cansaço extremo e, em muitos casos, a morte.

A situação dos ursos-polares é um exemplo emblemático de como as mudanças climáticas estão acelerando a extinção de espécies. Estima-se que o ritmo atual de extinção seja cerca de mil vezes mais rápido do que a taxa natural. Esse fenômeno, conhecido como “sexta extinção em massa”, é impulsionado pela atividade humana, especialmente pela queima de combustíveis fósseis e pela emissão descontrolada de gases de efeito estufa.

O Ártico está aquecendo duas vezes mais rápido do que o resto do planeta, e os impactos são devastadores. Além da perda de gelo marinho, os ursos-polares enfrentam a escassez de alimentos, a fragmentação de seu habitat e o aumento da competição por recursos. Para piorar, muitas nações com altos níveis de poluição de carbono continuam a priorizar o crescimento econômico em detrimento da sustentabilidade, ignorando os alertas científicos e as soluções disponíveis.

Foto: Reprodução | Reprodução

A boa notícia, segundo especialistas, é que ainda há tempo para reverter esse cenário. Soluções como a transição para energias renováveis, a redução das emissões de carbono e a proteção de habitats críticos estão ao nosso alcance. No entanto, a ação precisa ser imediata e coordenada. A sobrevivência dos ursos-polares e de inúmeras outras espécies depende de decisões políticas corajosas e de mudanças significativas no comportamento humano.

Enquanto isso, histórias como as documentadas por Nicklen servem como um alerta urgente. Cada urso-polar que morre de fome é um lembrete do custo humano da inação. A crise climática não é apenas uma ameaça ao Ártico ou aos ursos-polares; é uma ameaça à biodiversidade global e ao futuro da humanidade. A escolha é nossa: agir agora ou assistir ao colapso de ecossistemas inteiros.

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