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Após 50 anos de exploração e abuso, elefanta é resgatada e descobre a felicidade

17 de maio de 2020
2 min. de leitura
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Ilustração | Pixabay

Por dezenas de anos, a elefanta Phoolkali foi forçada a suportar uma vida de escravidão, sofrimento e abuso. Ela era explorada para pedir esmolas na cidade de Agra, na Índia. Por pelo menos 50 anos, sua rotina diária e com poucos períodos de descanso era caminhar em estradas íngremes ou asfaltadas, independente da temperatura, por horas a fio.

Os maus-tratos severos a que foi submetida a deixaram em um estado deplorável e causaram danos na sola de suas patas e na estrutura muscular de suas pernas. Além disso, Phoolkali sofria com abscessos e feridas infectadas em todo o seu corpo. Ela sentia dores terríveis e aguentava silenciosamente agressões, fome, calor e o incômodo que as feridas lhe causavam.

Felizmente, a vida da doce elefanta mudou em 2012. A situação de Phoolkali foi denunciada por cidadães e ativistas e o Departamento Florestal de Uttar Pradesh e a ONG de conservação da vida selvagem Wildlife SOS a resgataram com sucesso. Ela foi encontrada muito fraca, com ossos salientes sob a pele maltratada, indicando claros sinais de desnutrição.

Arinita Sandilya, assessora de imprensa da Wildlife SOS, explica o salvamento: “Phoolkali foi usada como elefante mendigo por mais de 50 anos. Depois que isso foi alertado pelo Departamento Florestal, junto com eles a resgatamos e a trouxemos para nossas instalações. Quando a resgatamos, Phoolkali estava em um estado lastimável, desidratada, várias lesões e ficou traumatizada”, disse.

Assim que chegou ao santuário, a elefanta recebeu tratamento para os pés e outras lesões. Ao longo dos anos, Phoolkali teve uma recuperação quase completa, tanto mental quanto fisicamente. E hoje ela recuperou a confiança e é a elefante fêmea mais alta do local, pesando 4.500 kg e esbanjando amor e alegria por onde passa. Ela é um símbolo de superação e resiliência.

“Anos de negligência e abuso tiveram um efeito prejudicial à saúde de Phoolkali e demorou muito tempo para ela se recuperar. Como parte de seu tratamento contínuo, a elefanta recebe banhos medicinais relaxantes nos pés, suas unhas são aparadas regularmente e ela consome uma dieta nutritiva e saudável”, disse o Dr. Yaduraj Khadpekar, veterinário sênior da Wildlife SOS.

Hoje, Phoolkali tem cerca de 60 anos e após uma vida de tortura física e mental, ela reaprendeu a confiar e teve recompensada sua esperança em um dia ser livre.


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