Um dos maiores ícones do ativismo ambiental contemporâneo, o fundador da Sea Shepherd, Paul Watson, teve seu nome oficialmente removido da lista vermelha da INTERPOL, encerrando um ciclo de quase 14 anos de perseguição internacional motivada por interesses políticos e econômicos ligados à indústria baleeira.
A decisão, celebrada por ativistas de todo o mundo, reconhece que a inclusão de Watson na lista foi desproporcional, politicamente motivada e representava um grave entrave à luta pela conservação marinha. Com a retirada da notificação, Watson volta a ter liberdade de circulação global, sem risco de prisão imediata por alertas internacionais.
“A decisão encerra 14 anos de perseguição politicamente motivada e ressalta a flagrante ilegalidade das operações baleeiras japonesas no Santuário de Baleias do Oceano Antártico”, afirmou Watson. “Uma pequena vitória da justiça para mim, uma grande vitória da justiça para as baleias”, completou.
A perseguição começou após ações diretas da Sea Shepherd contra a caça ilegal de baleias promovida pelo governo japonês sob o pretexto de “pesquisa científica”. Em vez de reconhecer a legitimidade dos atos de proteção ambiental, o Japão tentou criminalizar a resistência. Watson tornou-se alvo de perseguições e mandados de prisão, sendo forçado ao exílio e à limitação de sua atuação internacional.
Fundador da Sea Shepherd Global e também da Sea Shepherd Brasil, Paul Watson é conhecido por seu ativismo combativo e pela defesa intransigente da vida marinha. Suas ações salvaram inúmeras vidas de baleias, golfinhos, tubarões e outras espécies ameaçadas pela pesca predatória e pela indiferença dos governos diante da destruição dos ecossistemas oceânicos.
A Sea Shepherd Brasil comemorou o encerramento do caso como uma vitória não apenas pessoal, mas coletiva e ambiental. A organização anunciou que pretende trazer Paul Watson ao Brasil em breve, agora em segurança, para fortalecer a luta pela proteção dos oceanos no país.
A libertação jurídica de Watson representa um marco simbólico e prático para o movimento ambientalista: é o reconhecimento de que proteger vidas, ainda que de outras espécies, não deve ser criminalizado, mas sim incentivado e defendido como parte de uma ética urgente e global.
O oceano segue sob ameaça, mas agora, um de seus maiores defensores está de volta ao front com força total.