A frequência com que os imensos tubarões-baleia têm aparecido na região chama atenção dos especialistas.O registro da passagem de um deles pela Praia da Sepultura, na manhã de segunda-feira, foi o terceiro só este ano. Em junho um macho jovem encalhou na Praia de Perequê, em Porto Belo, e acabou morrendo. Dois meses antes um outro espécime, já morto, apareceu na Praia da Vila Nova, em Imbituba.
Segundo o pesquisador Jules Soto, curador do Museu Oceanográfico da Univali, mudanças nas correntes marinhas e na temperatura da água do mar podem influenciar no comportamento dos animais, mas não há como confirmar se há mais tubarões-baleia nadando na costa da região.
“No Oceano Pacífico se relaciona a chegada de tubarões-baleia a fenômenos como El Niño e la Niña, mas por aqui ainda não fazemos essa relação”, diz.
Para o oceanógrafo Rodrigo Mazzoleni, pode ser uma coincidência. Segundo ele, são relativamente comuns os encontros de barcos da frota industrial com tubarões-baleia em alto-mar.
Até mesmo o comportamento de bater nas embarcações – como ocorreu com o barco dos mergulhadores – não é novidade para o oceanógrafo.
“Há relatos de pescadores de que eles costumam bater e rolar sob os barcos. Não sabemos se fazem isso por brincadeira, ou para tentar soltar parasitas”.
Mazzoleni diz que há interesse entre os pesquisadores em monitorar a passagem dos animais por aqui. Ele pede que os avistamentos sejam avisados ao setor de Oceanografia da Univali, através do telefone (47) 3341-7714.
Fonte: Diário Catarinense