O cão que foi (cruelmente) eleito em um concurso nos Estados Unidos o “mais feio do mundo” morreu, segundo a tutora do cachorro. A cadelinha Yoda, uma mistura de cão de crista chinês com chiuaua, ficou famosa ao vencer a edição mais recente do concurso “O Cão Mais Feio do Mundo”, realizado na Califórnia no ano passado.
A tutora de Yoda, Terry Schumacher, conta que quando viu a cadelinha pela primeira vez, em um beco, Terry achou que se tratava de um rato. O concurso vencido por Yoda em 2011 rendeu US$ 1 mil (cerca de R$ 1,8 mil) à Terry.
Yoda, 15 anos, morreu enquanto dormia no sábado. A cadela pesava apenas 0,8 kg e tinha poucos pelos e uma longa e fina língua. A fama conquistada no concurso abriu portas para Yoda, que participou de vários programas de televisão nos Estados Unidos, inclusive um de “makeover”, onde animais taxados como “feios” recebem tratamentos de “beleza”.
Terry Schumacher disse ao jornal Hanford Sentinel, da Califórnia, que sentirá saudades do “jeitinho engraçadinho” de Yoda, mas que está feliz que a cadela vai se juntar agora aos pais.
Fonte: Terra
Nota da Redação: Quase não é preciso dizer que concursos como esse só estimulam o preconceito contra os seres que são diferentes da beleza tida como padrão. A cadelinha Yoda, assim como todos os animais, tinha seu brilho próprio, uma graça única. Beleza é algo que não dá para reduzir a traços plásticos mensuráveis. A beleza é algo a ser percebido pelos sentidos do corpo e da alma, por olhares sensíveis capazes de alcançar mais do que meras simetrias e contornos previsíveis – um concurso como esse é, portanto, mais uma imbecilidade humana que serve apenas para disseminar o preconceito, e depreciar o que deveria ser cuidado, respeitado e admirado.