O Órix da Arábia ou antílope branco, espécie que foi caçada até ao limite da extinção, tem agora um futuro mais seguro, com uma população de mil animais, segundo a organização internacional para a conservação das espécies IUCN.
Esta é uma das conclusões da última edição do Livro Vermelho das Espécies ameaçadas, da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), hoje divulgada.
A IUCN estima que o último animal selvagem do Órix foi caçado em 1972 e este ano, graças a uma cria em cativeiro e a ações de reintrodução com sucesso, pode passar de espécie em perigo de extinção a espécie vulnerável.
“Esta é a primeira vez que uma espécie que chegou a estar extinta em estado selvagem melhora a sua situação subindo três categorias” na lista da IUCN, conforme refere uma informação da entidade.
No entanto, além dos casos de sucesso, também se registam algumas conclusões classificadas de “alarmantes” e é apontado o exemplo da situação de anfíbios, que de 19 espécies, como sapos, rãs e salamandras, no Livro Vermelho, oito estão em perigo crítico de extinção.
Os anfíbios continuam a ser um dos grupos mais ameaçados, com 41 por cento do total dos animais em perigo de extinção, segundo as estimativas que apontam como causas principais a destruição dos seus habitats, a contaminação, doenças e espécies invasoras.
“Para acabar com a crise de extinção, é preciso concentrar a nossa ação visando erradicar as principais ameaças que enfrentam as espécies e o meio em que vivem. O Livro Vermelho da IUCN é um instrumento valioso, fornecendo aos decisores uma grande riqueza de informação, não só acerca da situação atual da espéce, mas também das ameaças existentes e das ações de conservação exigidas”, explica o presidente da comissão de sobrevivência de espécies da IUCN, Simon Stuart, citado na informação.
Fonte: Sic Notícias