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PRESO EM TANQUE

Animal que não existe no Brasil é encontrado e resgatado no Rio de Janeiro (RJ)

7 de dezembro de 2025
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Xataka

A presença de um cervo-de-timor em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, expõe mais um capítulo alarmante das consequências do tráfico de fauna e da introdução ilegal de animais selvagens no Brasil. O cervo, uma espécie originária do Sudeste Asiático que não pertence ao ecossistema brasileiro, foi encontrado preso dentro de um tanque da Estação de Tratamento da Águas de Juturnaíba.

A Guarda Ambiental foi acionada e encontrou o animal quase submerso, exausto e desorientado. A equipe utilizou cordas para retirá-lo com segurança e o encaminhou para avaliação veterinária. Em seguida, o cervo foi colocado em quarentena enquanto os órgãos ambientais definem seu destino.

O caso, no entanto, não é isolado. Este já é o terceiro cervo-de-timor capturado na cidade nos últimos anos, o que indica que mais indivíduos estão circulando na região. Há indícios da presença de ao menos outras três fêmeas e um macho vivendo soltos. Em maio de 2025, pescadores também resgataram um animal da mesma espécie, reforçando o alerta.

A presença de fauna exótica é uma ameaça direta ao equilíbrio ecológico. Esses animais podem competir com espécies nativas por recursos, alterar dinâmicas de predadores e presas e ainda disseminar doenças. Cada indivíduo solto na natureza representa um risco para todo o ecossistema local.

A ocorrência evidencia os impactos do comércio ilegal de animais, que retira seres vivos de seus ambientes naturais e os transforma em mercadorias. Muitos acabam abandonados ou escapam, iniciando processos de invasão biológica difíceis de controlar. A situação em Saquarema demonstra como essas práticas afetam não apenas os próprios animais traficados, mas toda a biodiversidade brasileira.

A Prefeitura orienta que qualquer avistamento seja comunicado imediatamente à Guarda Ambiental e reforça que ninguém deve tentar capturar ou se aproximar desses cervos. O enfrentamento desse problema exige fiscalização efetiva, políticas públicas consistentes e o fim da exploração que transforma animais selvagens em produtos.

 

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