Cerca de 2 mil visons, animais selvagens confinados em uma fazenda de peles, ganharam sua liberdade no início de julho, em uma ação reivindicada por ativistas da Animal Liberation Front (ALF). A operação foi celebrada um ato de resistência contra a indústria de peles, conhecida por sua crueldade extrema.
Segundo comunicado da ALF, os ativistas entraram a fazenda localizada em Ohio (EUA) na noite de 2 de julho, cortando as grades das gaiolas para libertar os animais. “No espírito do 4 de julho, decidimos que esses animais mereciam seu próprio dia da independência”, declarou o grupo.
Esta não é a primeira vez que a fazenda é alvo de ações diretas: em novembro de 2022, cerca de mil visons já haviam sido libertados no mesmo local.
Os visons são animais selvagens por natureza, com instinto para percorrer longas distâncias diariamente. No entanto, em fazendas eles são mantidos em gaiolas minúsculas, sem espaço para se mover, até o momento em que são mortos por métodos brutais, como gaseificação, eletrocussão anal ou espancamento. Muitas vezes, são esfolados ainda conscientes.
A indústria de peles, em declínio nos EUA, já viu o número de fazendas cair de mais de 300 nas décadas passadas para menos de 100 hoje.
Enquanto o proprietário da fazenda classificou a ação como “terrorismo doméstico”, a libertação como um ato de justiça. Não há terrorismo em libertar seres inocentes de uma vida de tortura.
Apesar da investigação em andamento pelas autoridades locais, nenhuma prisão foi feita até o momento. Enquanto isso, os visons libertados agora têm a oportunidade de viver em seu habitat natural, longe das gaiolas e da violência sistemática da indústria de peles.
Para o movimento de libertação animal, cada vida salva é um passo em direção a um mundo mais compassivo. E, nesta semana, 2 mil passos foram dados em Ohio.