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Tamanduá-mirim que foi espancado e jogado em lixeira luta pela vida

13 de abril de 2011
2 min. de leitura
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O mamífero foi encontrado agonizando em uma lixeira (Foto: Ibama/Divulgação)

Um tamanduá-mirim foi espancado e jogado ainda vivo em uma lixeira no domingo (10), no bairro Liberdade, na área urbana de Marabá, município do sudeste do Pará. “É chocante presenciar tamanha violência gratuita com a vida de um animal inocente”, afirmou a veterinária Christina Whiteman, chefe do Núcleo de Fauna da Gerência Executiva do Ibama, que tenta salvar a vida do mamífero com antibióticos, anti-inflamatórios, suplementos vitamínicos e alimentação especial.

Um telefonema anônimo avisou o Corpo de Bombeiros dos maus-tratos. O animal foi encontrado agonizando na rua Brasil, área carente de Marabá. Levado ao Ibama, o tamanduá recebe desde domingo tratamento veterinário e, ainda nesta terça-feira, corre risco de morrer. Segundo Christina, não há fratura evidente, mas o estado letárgico do animal, associado ao sangramento pelo nariz e às várias escoriações pelo corpo, indica que pode haver danos internos, principalmente na cabeça.

O tipo de ferimento, segundo o Ibama, indica que ele deve ter sido ferido por paus ou pedras. “Infelizmente, não é o primeiro caso de ataque gratuito contra animais aqui na região”, lamenta a veterinária. Somente este ano em Marabá, ainda de acordo com o Ibama, um motorista atropelou propositadamente uma sucuri que passava lenta pela estrada e os bombeiros salvaram outro tamanduá-mirim que era apedrejado por crianças. No mês passado, um tatu também foi alvo de crianças. Uma moradora do bairro Liberdade afirma que apedrejar iguanas é “diversão” frequente dos jovens de lá.

“Estamos orientando a população que ferir animais é considerado crime pela lei e reforçando que mesmo aqueles que supostamente possam oferecer risco à população, como serpentes e jacarés, não devem ser feridos ou mortos. Em caso de risco, os bombeiros e órgãos ambientais devem ser chamados para a retirada do animal. Mas precisamos da conscientização e apoio de todos, cidadãos comuns e profissionais da área ambiental, para tentar mudar esse cenário de violência contra os animais. Os valores de respeito à vida também devem ser transmitidos às crianças por suas famílias”, diz Christina.

Fonte: Terra

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