Para parte dos animais do minizoológico do Parque da Gruta, em Santa Cruz do Sul, o único verde com o qual se tem contato é o das gaiolas. A situação dos bichos mantidos em cativeiro é preocupante. Os espaços onde vivem araras, papagaios, bugios, macacos-prego e um tucano, apesar de estarem de acordo com a legislação, são considerados inadequados. Uma das principais preocupações é a falta de adequação para tornar os locais mais parecidos com os ambientes naturais.
Para o biólogo Andreas Kohler, professor da Unisc, o ponto crítico do minizoo são os animais que vivem nas gaiolas. Os espaços deveriam ser adaptados, com a colocação, por exemplo, de materiais vegetais dentro dos cativeiros que sejam atrativos para os bichos. “Estão dentro das normas legais, mas não há qualidade de vida para o animal. A tendência dos zoológicos é tentar se adequar mais à natureza pelo tamanho das gaiolas e os equipamentos que ficam ali dentro”, explica.
O professor cita como exemplo de ambientes adequados espaços dentro do próprio minizoo, como o local destinado aos jabutis. Em uma área cercada, os animais têm contato com a natureza. Para o professor, ainda que as gaiolas estejam no tamanho apropriado, de acordo com a legislação, seria necessário repensar as estruturas para aumentar o espaço. “Mesmo correta na parte legal, é uma prisão. As gaiolas não têm atrativos, como material vegetal, que podem ajudar a reduzir o estresse dos animais.”
Fonte: GAZ
Nota da Redação: Nem mesmo com o aumento das dimensões das gaiolas o zoológico poderia ser considerado como um ambiente minimamente satisfatório para um animal. O regime de exploração em que os animais são utilizados para o entretenimento humano, perdem completamente sua privacidade, se estressam continuamente com a presença de humanos que os obrigam a interagir, além do próprio espaço reduzido e que não tem nenhuma familiaridade com o habitat natural dos animais, é condenável em todos os aspectos.
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