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Animais utilizados em pesquisa morrem na Universidade da Pensilvânia

28 de setembro de 2011
2 min. de leitura
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Por Natalia Cesana  (da Redação)

Ativistas pelos direitos animais protestam contra prática cruel (Foto: Reprodução/Philly.com)

Pesquisas biomédicas feitas na Pensilvânia estão acabando com os animais. É o que afirmam aos ativistas que protestavam em frente ao campus da Universidade da Pensilvânia contra as pesquisas ali realizadas. A escola recebeu um alerta federal sobre as condições que levaram um filhote de cachorro e três camundongos à morte, informou o jornal Philly.com.

O Departamento Americano de Agricultura, que apoia a Lei pelo Bem-estar Animal, enviou o comunicado à universidade no mês passado, depois que fiscais descobriram que um cachorro recém-nascido morreu ao ficar preso embaixo da grelha do piso do canil e que três camundongos morreram aparentemente devido à desidratação.

Os fiscais encontraram também um cultivo de alga no bebedouro sujo de quatro cavalos, dois cães com cistos nas patas e 15 novilhos presos em cercados imundos, o que os obrigava a pisar nas próprias fezes para se alimentar.

“Não é apenas uma tragédia que animais estejam morrendo desnecessariamente. É também preocupante que uma universidade enorme como essa receba dezenas de milhões de dólares do governo federal para conduzir pesquisas e não seja capaz ao menos de dar água aos animais”, disse Michael Budkie, diretor executivo da organização Pare Com a Exploração Animal Agora, que organizou o protesto.

O manifestante Bernard Jones concorda: “Se uma instituição do tamanho da Universidade da Pensilvânia pode fazer esse tipo de ciência pobre e antiética, por que eles recebem os dólares do imposto que eu pago?”, perguntou.

A porta-voz da universidade, Phyllis Holtzman, não soube dizer exatamente qual quantia do financiamento federal é
utilizada para as pesquisas biomédicas, mas citou que a Universidade da Pensilvânia é a segunda da lista a receber o financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde.

Ela disse ainda que 97% dos animais utilizados nos laboratórios da universidade são roedores, criados com a “finalidade de encontrar tratamentos e curas para algumas doenças preocupantes de nosso tempo, tanto para seres humanos como para animais”.

Os manifestantes reclamam que a universidade deveria ter sido multada e pediram o fim das pesquisas feitas com animais. “Seria melhor se usassem esse fundo para injetar milhões de dólares em cuidados preventivos à população. Eu não quero basear minha saúde em resultados de uma pesquisa que não segue princípios básicos”, disse Budkie.

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