Nesta semana, brigadistas da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda) registaram um gavião atingido pelas chamas recebendo água no bico.
Segundo a associação, apesar da cena ser recorrente, é impossível consolidar dados sobre o número de animais mortos ou prejudicados pelo fogo.
“Não tem como quantificar os animais que são queimados. Eles são torrados pelo fogo. Os cadáveres e os restos acabam sumindo. São muitos ninhos com ovos, muitos filhotes. Os animais pequenos não conseguem fugir do fogo. Os maiores até conseguem, mas depois que o incêndio passa, a disponibilidade de alimentos e abrigo é reduzida drasticamente. Então, nós temos o dano imediato, que é a exterminação de população, e temos também os danos contínuos, que são difíceis de mensurar”, lamentou a ambientalista e superintendente da Amda, Maria Dalce Ribas.
Desde esta quinta-feira (16/09), eles tentam também controlar as chamas no Parque Estadual Serra do Rola-Moça, em Nova Lima, na Grande BH. Segundo a corporação, o fogo começou no Mirante dos Planetas, na parte mais alta, o que dificultou o trabalho tanto dos militares, quanto dos brigadistas.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, desde o começo de setembro, já foram registrados mais de 2,1 mil focos de calor no estado. Entre os dias 1º e 15, houve 2.559 focos de incêndio em vegetação em Minas Gerais.
O g1 Minas entrou em contato com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e aguarda retorno.