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Animais sobreviventes na Região Serrana: veterinária explica comportamento e como adotar

17 de janeiro de 2011
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O número crescente de animais que perderam suas vidas e seus lares após a maior tragédia climática do Brasil preocupa a Comissão de Apoio da Alerj aos animais da Região Serrana, que faz buscas incessantes na tentativa de salvar os que resistiram aos desabamentos e enxurradas, e ainda ficaram sem seus tutores.

A veterinária Andréa Lambert, que esteve em algumas cidades devastadas com a equipe disse ao SRZD que o cenário é triste e os animais ficaram desolados. Durante as buscas, muitos foram encontrados feridos e outros soterrados, já mortos.

Segundo ela, o comportamento do animal pode mudar devido ao trauma, mas depois volta ao que era antes, sem crises de agressividade. Alguns podem ficar estressados, mas outros passam pelo abalo e apenas ficam emotivos e carentes.

Além de cães e gatos, muitos cavalos foram resgatados com vida de um haras em Itaipava. Ela contou que o motorista do caminhão que transportava os cavalos que sobreviveram chorou ao conversar com ela sobre a morte de outros vários cavalos, que tiveram de ser sacrificados por “não servirem mais para corrida”.

Andrea contou que mais de 100 animais já foram resgatados pela Comissão em Teresópolis e outros 30 em Itaipava. O trabalho de busca pelos animais sobreviventes em Nova Friburgo está sendo feito nesta segunda-feira.

“Se 600 pessoas já morreram, acredito que milhares de animais morreram também”, disse a veterinária.

Os animais resgatados estão sendo levados para um galpão em Teresópolis e para um Siep em Itaipava.

“A nossa meta é tratar os animais feridos e conseguir tutores para eles ou lares temporários”, disse Andrea.

Os interessados na adoção dos animais podem entrar em contato com a veterinária através do e-mail: [email protected]. Após demonstrado o interesse, ela dará as coordenadas para o processo de adoção.

Fonte: SRZD

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