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Animais sobrevivem à poluição na Lagoa da Pampulha

22 de julho de 2009
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A Lagoa da Pampulha é um cartão-postal de Belo Horizonte e onde belezas naturais dividem espaço com obras construídas pelo homem. Mas, nos últimos anos, a lagoa tem sofrido com a poluição. Ainda assim, em meio a tanta sujeira, é possível encontrar animais interagindo com a paisagem local.
As capivaras viraram atração na região. O turista nem acredita no que vê. Ficamos encantados. Nós passamos por aqui e paramos”, diz uma mulher.

Não é só o grande roedor. Ao lado dele há uma ave. No dorso da capivara, o gavião, em busca de carrapatos. Cadeia alimentar. Cena que vai para foto. “É uma coisa linda. Eu bem sei que o gavião costuma fazer uma limpeza nele de vez em quando”, diz um homem.

Animais na terra e na água. É capivara nada. Ela e o cágado que aparece e desaparece arisco, na lagoa, onde vivem muito tranquilamente jacarés. Um enorme de quase dois metros, de assustar. Mas depois de tomar sol, quer mesmo é um bom banho. Um passeio pela água até a Ilha dos Amores e é descoberto um lugar que especialistas em pássaros admiram.

“A Lagoa da Pampulha é um oásis dentro de Belo Horizonte”, elogia o especialista em aves Daniel Becho.

É um espetáculo inesperado, por causa do cenário de metrópole, mas que até combina muito bem com a natureza de um cartão-postal: ser o que há de melhor para mostrar. Impressiona mesmo é quando se olha para o outro lado da Lagoa da Pampulha. Ao ver a paisagem, presta-se atenção na cor da água.

“O verde que vocês estão vendo na Lagoa da Pampulha são bactérias. Excesso de micro-organismos que decorrem do excesso de esgotos não-tratados que chegam à lagoa todos os dias”, explica o biólogo Ricardo Coelho.

Poluição. No período sem chuva é pior ainda: há esgoto, espuma, algas e a beleza se perde. O jacaré assim não é tão bonito de se ver, mas sobrevive.

“É um ambiente muito impactado, muito poluído, mas onde os animais conseguiram impressionante adaptação a ele. Ele vem vivendo, vem se reproduzindo, proporcionando um show à parte na Pampulha”, afirma o especialista em aves Daniel Becho.

É por isso que quando os ossos olhos estão diante do belo precisam também enxergar a realidade deste horizonte. “Espero que eles deem um jeito de limpar, de preservar. Não pode deixar acabar. É lindo”, diz um homem.

Fonte:  G1

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