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RESILIÊNCIA

Animais silvestres voltam a frequentar região de queimada após esforços de voluntários para recuperar área no interior de SP

30 de setembro de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Voluntários da recuperação da área atingida por incêndios em Pompeia (SP) registram animais silvestres voltando ao local após mais de um mês do início do incêndio.

Uma onça-parda parada ao lado da mata, macacos pulando entre os galhos que ainda se recuperam do fogo e mãe e filhote de anta correndo pelas árvores foram os registros do colaborador Marcos da Silva Gomes nessa segunda-feira (23).

“Filmamos mãe e filhote de anta na divisa da Fundação Shunji Nishimura com a Fazenda. Avistamos os animais quando fomos colocar alimentos e água no final da tarde dessa segunda-feira”, relata.

De acordo com o gestor de uma das fazendas afetadas, e também zootecnista, Mário Bastos, são muitos os benefícios da manutenção dos animais silvestres em seu habitat, como a própria contribuição dos animais na integração e recuperação e pela importância de manter a biodiversidade em um dos poucos maciços florestais de grande extensão na região oeste paulista.

“É uma mata que suporta animais chamados de topo de pirâmide alimentar, de grande porte, que precisam de grandes extensões e de uma biodiversidade que garanta a sua sobrevivência. Essa é uma área que possibilita a sobrevivência desses animais”, explicou.

Com o objetivo de preservar e recuperar a mata, os voluntários permanecem em campanhas de arrecadação de alimentos, que seguem sendo distribuídos diariamente, sem prazo para terminar. Para isso o grupo está aceitando doações de alimentos como frutas e vegetais, além de rações, alpistes e sementes para pássaros.

🔥 Área devastada pelas chamas

Os focos de incêndio tiveram início na tarde do dia 22 de agosto. O vento e a seca fizeram com que o fogo se espalhasse em três direções, atingindo três fazendas diferentes: Água do Cedro, Guaiuvira e Guaritá.

No dia 24, um princípio de chuva amenizou a situação; no entanto, a área voltou a queimar no dia seguinte. A partir daí, foram 15 dias seguidos, com, nos dias mais críticos, aproximadamente 100 pessoas do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, brigadistas, voluntários e o helicóptero Águia da Polícia Militar de Bauru (SP) atuando no combate das chamas.

Fonte: G1

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