Com a cheia do Rio Acre, as águas invadiram milhares de casas em Rio Branco, e é comum o aparecimento de animais silvestres como jacarés, cobras e cutias, que buscam locais mais altos para se abrigar. Com isso, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) tem feito uma força-tarefa para resgatar esses animais na capital.
O Cetas é uma unidade especializada do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para recepção, atendimento e destinação de animais silvestres.
Durante a cheia, além dos animais silvestres, o centro também tem dado apoio para resgatar animais domésticos. Desde o início da enchente, no último dia 23 de março, mais de 30 animais silvestres e domésticos foram resgatados pelo Cetas em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
No caso dos domésticos, eles são levados ao Parque de Exposições Wildy Viana, onde tem um abrigo para moradores desabrigados pela alagação.
Conforme última atualização feita pela prefeitura, no Parque de Exposições estão 353 cães e 135 gatos.
Já os animais silvestres resgatados nos bairros alagados vão para o centro de triagens. Os mais comuns são as cobras com ou sem peçonha.
“No caso dos animais silvestres, os resgatados vêm para o centro de triagem do Ibama, uma unidade especializada para reabilitação e tratamento. Alguns animais chegam doentes, então a gente tem que tratar esse animal para devolver à natureza. Os que estão bem, em condição favorável, a gente já faz a soltura imediata”, concluiu Elaine.
A orientação é que, ao encontrar um animal silvestre em casa, não se deve tentar capturar, nem matar. O morador deve acionar a equipe do Cetas para que eles façam o resgate.
“Os animais são tão afetados quanto as pessoas, então a partir do momento que as águas começam a subir, vai tirando o ambiente, a moradia que o animal está inserido, e aí ele vai buscar abrigo geralmente em locais suspensos, que são as casas, movelarias. Eles têm se abrigado bastante nos quintais das casas, nos esteios, partes mais suspensas das residências para conseguir também fugir da água”, explicou o chefe da estação ecológica Rio Acre do ICMbio, Luan Rocha.