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Animais selvagens são mortos e comercializados em mercados úmidos na Nigéria

23 de agosto de 2020
2 min. de leitura
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Pixabay

Mercados úmidos são normalmente associados à Ásia, mas também estão presentes em diversos países da África. Uma investigação recente mostrou que um desses locais continua funcionando normalmente no estado de Lagos, na Nigéria. Comerciantes são vistos fatiando, vendendo e trocando animais selvagens sem nenhum fiscalização em meio a pandemia de Covid-19.

Um vendedor é visto descamando um pangolim com um facão. Roedores nativos esfolados são vistos em balcões. Os comerciantes usam máscaras, mas os padrões de higiene são questionáveis. Mais de 1.000 pessoas morrem na Nigéria em razão do novo coronavírus. Para manter a clientela, vendedores afirmam que o vírus não está na carne, mas no ambiente.

O epidemiologista da Universidade de Cambridge, Dr. Olivier Restif, pediu mais conscientização sobre o comércio seguro de animais e higiene. “Estamos muito preocupados com o risco que isso representa”, disse ele sobre os mercados onde animais vivos são mantidos em ambientes fechados, mas ele acredita que simplesmente banir os mercados pode alienar as pessoas e levar o comércio à clandestinidade.

A organização WWF afirma que a pandemia de Covis-19 e a marca de mais de 700 mil mortes deveria funcionar como um alerta para os risco do comércio e consumo de animais selvagens, mas em alguns locais, como a Nigéria, essas práticas se mantém inalteradas e, até mesmo, ampliadas. Órgãos reguladores da Nigéria se recusaram a comentar as denúncias.

Chinedu Mogbo, fundador da Green Fingers Wildlife Conservation Initiative, um santuário de vida selvagem perto de Epe, espera encorajar os nigerianos a reduzir o consumo de carne de espe´cies selvagens e evitar a medicina tradicional baseada em animais, que pode alimentar o manejo anti-higiênico de animais que pode ajudar na propagação de doenças.

“Acredito que eles irão apreciá-los mais, chegando perto para vê-los”, concluiu Mogbo.


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