Dez animais selvagens explorados em circos foram entregues voluntariamente para santuários na Espanha e na Alemanha. O resgate das espécies selvagens foi comunicado pelo Ministério do Ambiente e Ação Climática (MAAC) de Portugal.
Três crocodilos, quatro cobras, dois tigres e um leão ganharam uma nova oportunidade de desfrutarem uma vida mais próxima do seu habitat após anos de exploração e abusos em bastidores de circos.
Segundo a notificação do ministério, os animais foram enviados para recintos que respeitam “as características e necessidades biológicas e etológicas de cada espécie”.
A ação foi realizada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) em parceria com o Fundo Ambiental (FA), a Fundação Primadomus (que transportou os animais) e uma associação que representa as atividades circenses de Portugal.
Uma lei aprovada em 2019, proíbe a exploração de animais em circos e espetáculos e visa libertar todos os indivíduos que vivem nessas condições até 2025. Para que os crocodilos, cobras, tigres e o leão fossem libertos, um acordo precisou ser assinado no final do ano passado para permitir a entrega voluntária dos animais.
A legislação de proteção aos direitos animais prevê que todos animais explorados em circos do país sejam cadastrados em um banco de dados do governo do país. O jornal português Lusa, fez uma consulta na página da internet da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, onde constam esses dados, e constatou que existem 80 animais registrados até outubro de 2021.
Foram encontrados principalmente cavalos e cachorros. Contudo, tigres, jiboias, camelos, leões e elefantes também foram encontrados entre as espécies aprisionadas nos circos.
Nota da Redação: circos e shows de entretenimento que exploram animais devem ser completamente extintos. A injustiça e crueldade escondida nos bastidores desses espetáculos sustenta uma indústria milionária que mantém animais em cativeiro apenas para divertimento humano. É preciso clarear a consciência para entender e respeitar os direitos animais. Eles não são objetos para serem expostos e servirem ao prazer de seres humanos. As pessoas podem obter alguns minutos de entretenimento, mas para eles é uma vida inteira de exploração e abusos condenados pelo egoísmo humano.