Apesar das perdas materiais e do futuro incerto depois do deslizamento de terra ocorrido quarta-feira (8) no Jardim Maringá, na Zona Leste de São Paulo, muitos moradores comemoravam o reencontro com seus animais na tarde desta quinta (9). “Fiquei muito feliz porque eles encontraram a minha tartaruga e porque estou viva. O que é material a gente reconstrói. Eu vou reconstruir minha vida e ela vai reconstruir junto comigo”, afirmou a diarista Rosângela Rodrigues de Oliveira, de 59 anos, que morava em uma das casas parcialmente destruídas na Avenida Mendonça Drumond.
Ela não conteve as lágrimas ao ver que a Defesa Civil tinha encontrado sob os escombros a tartaruga Mimi sob os escombros. “Há 35 anos ela mora comigo”, afirmou a diarista, que ganhou abrigo na casa de um sobrinho.
Balanço feito pela Subprefeitura da Penha e pela Defesa Civil aponta que cerca de 100 pessoas ficaram desabrigadas. Nesta manhã, as casas começaram a ser demolidas manualmente na Rua Fernandes Porto Alegre para evitar que o terreno volte a ceder.
De acordo com o subprefeito da Penha, Cássio Freire Loschiavo, a maior parte das famílias se abrigou em casas de familiares e amigos.
Balanço divulgado pelo coronel Jair Paca de Lima, coordenador da Defesa Civil de São Paulo, mostra que 45 casas foram interditadas e 20 ficaram diretamente atingidas pelo desabamento. O terreno, de acordo com o coronel, está aparentemente estável, apesar da chuva forte que caiu durante a madrugada. “Acreditamos que deve ter havido estabilização do terreno. Ainda é preciso esperar pelo menos cinco dias para termos um parecer sobre a estabilidade do terreno”, afirmou.
Com informações do G1