Zelia Cardoso
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Alvorada, cidade localizada na Grande Porto Alegre (RS), conhecida pelo alto índice de criminalidade, agora começa a destacar-se pelo novo método de controle populacional de animais domésticos.
O método é barato e pode ser acessado em qualquer esquina, uma vez que as agropecuárias pululam por toda a cidade.
Qual o método? Afinal, a cidade, onde a Prefeitura investe R$ 2.000,00 por mensais, em castrações de cães e gatos, também é conhecida pelo imenso número de animais abandonados nas ruas.
Quem conhece, sabe: em cada esquina, podemos encontrar, no mínimo, 5 cães famintos e, muitas vezes, sarnentos ou com sequelas de atropelamentos.
Mas afinal, qual o método para reduzir o número de animais de rua?
Envenanamento. Venenos como “chumbinho” e 1080 (venenos a base de estriquinina) estão sendo usados para exterminar seres , que nada fizeram para receber esse castigo.
Apenas 30 gramas é suficiente para matar um humano, além de ser extremamente doloroso.
Veneno em via pública é questão de saúde pública. No Brasil, acontecem anualmente 200 intoxicações acidentais em humanos, em função destes venenos, que são proibidos, mas que podem ser encontrados em qualquer lugar.
Em menos de um mês, inúmeros animais foram exterminados: Princesa, Manoela, Ceguinha, Aninha, Grandão e muitos outros, sem nome, sem tutor, sem lar, mas que recebiam um pouco de ração e afeto de alguns moradores do bairro, e perderam a vida, de maneira cruel e criminosa.
O endereço da matança: Rua Selva de Pedra, Bairro Salomé, Alvorada (RS), cidade que tem escrito no pórtico de entrada: Capital da Solidariedade!Solidariedade que não é exercida com os animais de rua, certamente.
Por que é tão fácil comprar veneno em qualquer cidade do Rio Grande do Sul? Quem fiscaliza? A quem apelar para acabar com esse crime cruel? E, como responsabilizar o covarde que assassina animais indefesos? Até quando esta região de Alvorada, a Capital da Solidariedade, vai conviver com tamanha covardia? Até o dia em que uma criança, tão inocente como os cães assassinados, morrer envenenada, acidentalmente?
Se alguém tiver alguma sugestão de qual autoridade “competente” deve ser acionada, entre em contato comigo, por favor, no email acima.
