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FERIMENTOS GRAVES

Animais resgatados de incêndios ficam cegos e têm membros amputados no interior de SP

Em dois meses foram capturados 45 animais na área de atuação da Eixo. Dezesseis não sobreviveram e três não têm condições de voltar à natureza por causa das sequelas dos ferimentos.

10 de outubro de 2024
EPTV Central e g1 São Carlos e Araraquara
3 min. de leitura
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Gato-do-mato resgatado no interior de SP teve as retinas queimadas pelo incêndio em mato e ferimentos que levaram a amputação da pata — Foto: Concessionaria Eixo-SP/Divulgação

Entre as principais vítimas dos incêndios que têm assolado todo interior de São Paulo estão os animais que ficam sem abrigo e sem comida , e ainda feridos pelas chamas. Além disso, nos últimos meses, muitos têm se acidentado nas estradas ao fugirem do fogo.

Desde agosto, a concessionária Eixo SP resgatou 45 animais em sua área de atuação. Desses, 16 não resistiram aos ferimentos provocados pelos veículos ou pelos incêndios e morreram.

Os que sobrevivem são encaminhados para atendimento especializado na Associação Protetora de Animais Silvestres de Assis (Apass) e no Parque Ecológico de São Carlos.

Entre as espécies mais afetadas estão aves e pequenos mamíferos e muitos deles são encontrados debilitados e com sequelas severas que dificultam o retorno à natureza.

Segundo a Aspass, que recebeu mais de 20 animais para tratamento, dois filhotes de cachorro-do-mato e um gato-do-mato não poderão voltar ao seu habitat natural.

Os filhotes de cachorro-do-mato sofreram várias lesões provocadas pelo fogo e um deles ficou cego de um olho por queimadura na retina.

O mesmo aconteceu com o gato-do-mato que, além dos danos no olho que o deixaram cego, também teve queimaduras severas e precisou amputar parte de uma das patas.

Nas aves, o problema mais comum é a intoxicação por fumaça. Entre as aves resgatadas estão filhotes de periquito-rei, gaviões-carcarás e gavião-carijó.

Orientação para o resgate

A recomendação ao ver um animal na pista é não tentar resgatar animais feridos e sim acionar as autoridades.

“O usuário nunca deve parar na rodovia para fazer o resgate do animal, além de se expor a um risco de um acidente rodoviário, existe o risco de esse animal estar em um ambiente de estresse, estar machucado e representar um risco à integridade da pessoa”, orientou o coordenador de Meio Ambiente da Eixo, Alex de Camargo Montagner.

Segundo ele, ao ver um animal na pista, a pessoa deve entrar em contato com a concessionária. “A nossa equipe é especializada para fazer o resgate desses animais, e depois, eles são encaminhados para nossos parceiros especializados para o atendimento veterinário”, disse.

Outra recomendação aos usuários é que fiquem atentos ao passarem por trechos de rodovias próximos a focos de incêndios porque além da redução da visibilidade provocada pela fumaça, há o risco de animais entrarem na pista de forma inesperada fugindo do fogo.

Fonte: g1

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