Quando o assunto é defesa de animais, Nina Rosa Jacob, fundadora do Instituto Nina Rosa – Projetos por Amor à Vida – em São Paulo, não tem meias palavras: o ser humano deve respeitar os animais assim como deseja ser respeitado. É por isso que ela acredita que a criação da Delegacia do Animal é uma necessidade.
O que a levou à decisão de criar o Instituto Nina Rosa?
O amor pelos animais e a necessidade de servir de voz para eles. Esse amor foi revelado pela convivência com a cadela Chica. Em 1994 iniciei trabalhos de protetora solitária e voluntária em outras ONG’s. Em 2000 materializou-se o Instituto.
Quais as atividades básicas do Instituto Nina Rosa atualmente?
Produção de material educativo para a valorização da vida animal e educação humanitária com objetivo de informar e sensibilizar a sociedade.
Qual a importância de um trabalho assim numa cidade como São Paulo?
Valores como compaixão, solidariedade, respeito a seres de todas as espécies, tornaram-se imprescindíveis para a conquista de sociedade mais justa e pacífica.
Que leis você considera importantes em relação aos animais?
Que o ser humano abandone o especismo que vem aprendendo e praticando ao longo de muitos anos e passe a coabitar na terra com outras espécies em termos de igualdade de direitos.
O que ainda falta, em termos de legislação?
O que falta no Brasil é a seriedade na fiscalização do cumprimento das leis. Creio, também – a exemplo da Delegacia da Mulher –, que deveria ser implantada a Delegacia do Animal, pois a maioria dos policiais que atendem nas delegacias desconhece leis que hipoteticamente os protegem.
O que cada um pode fazer pelos animais?
Acredito que infratores poderiam prestar (por longos períodos) serviços monitorados em abrigos de animais para terem a oportunidade de acompanhar a vida daqueles animais e suas necessidades. Acho que seria muito difícil resistir a amá-los, o que provocaria uma mudança interna.
O amor incondicional de que os animais são capazes pode ser poderosa fonte de cura. Há animais que trabalham em penitenciárias nos Estados Unidos, no sentido de despertar ou resgatar nos presidiários afeto e ternura perdidos.
Animais têm sido utilizados como produtos de alimentação, diversão, vestuário e muitas outras finalidades egoístas e imorais, visando lucro. Cada um de nós, como consumidor, pode mudar essa realidade e contribuir para libertá-los, se optar por um consumo ético. Há que se informar e ser responsável pelas próprias escolhas.
Fonte: Vida Integral