Humanos desmatam um número estimado de 13 milhões de hectares de área verde todos os anos. Mas nós não apenas destruímos florestas, nós as fragmentamos. Há somente dois lugares no planeta – Amazônia e Congo – onde a mata ainda mantém sua glória, todo o resto foi reduzido a ilhas verdes separadas por estradas e fazendas.
Ao terem seu habitat transformado nessas ilhas, os animais acabam sendo isolados de outros grupos e se tornando vulneráveis a doenças e interações não adequadas. Segmentos de mata assim acabam perdendo metade de suas espécies de fauna e flora em até duas décadas.
De acordo com o site The Atlantic, um novo estudo global realizado na Newcastle University, no Reino Unido, mostra que 85% dos animais que vivem na floresta são afetados por haver limites em seu habitat. Alguns itens são levados em conta como a variedade de árvores em determinado ponto de uma área verde específica e o quanto uma espécie se adapta a ela ou não. Esses dados foram estimados para 1.673 animais vertebrados em todo o mundo.
Como uma das conclusões principais desse estudo, espécies que tem uma probabilidade quase quatro vezes maior de serem extintas em relação as outras avaliadas, preferem refúgio no centro da mata. Elas evitam as regiões mais próximas aos limites daquele determinado pedaço de floresta.
Sendo assim, foi ressaltado que não é suficiente pensarmos apenas na área total a ser preservada, e sim em como melhorar a qualidade da mesma. Apenas metade das florestas do mundo tem seu centro a mais de 500 metros de uma fronteira e é importante tentar maximizar o potencial das mesmas.