Os animais que vivem no Zoológico Municipal “Dr. Flávio Leite Ribeiro”, em Araçatuba, no interior de São Paulo, poderão ser transferidos para santuários e centros de reabilitação. A transferência tem sido estudada por ambientalistas ligados a entidades de proteção animal junto de servidores da Prefeitura de Araçatuba. Atualmente, 292 animais silvestres de diferentes espécies vivem no zoológico.
Na última terça-feira (29), o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Lucas Savério Proto, afirmou que a transferência dos animais que for possível destinar a santuários é bastante esperada, já que levá-los para esses locais garantiria melhora no bem-estar e na qualidade de vida de cada um deles.
“Este manejo vai possibilitar uma vida melhor aos animais, pois alguns poderão viver em locais maiores e em contato com outros animais, ou serem reabilitados intensamente por profissionais específicos, possibilitando até a recuperação de alguns animais que, possivelmente no futuro serão reintegrados adequadamente ao ecossistema”, afirmou.
De acordo com o secretário, do zoológico restou apenas o nome, não existindo mais o local. Os animais exóticos abandonados, em sua maioria, após serem explorados por circos, também não vivem mais no zoo. “Eles (os circos) não podem mais ter animais e a maioria dos zoológicos deixarão de existir. Hoje, temos apenas os animais nativos que sofreram em queimadas, foram atropelamentos ou sofreram maus-tratos”, disse.
Além de Proto, os trabalhos também estão sendo moderados pela vice-prefeita Edna Flor (Cidadania). As entidades de proteção animal, que têm reunido seus membros em debates promovidos com a prefeitura, são representadas nas reuniões por Simone Segura e Fernando dos Santos Corrêa, a pedido da vereadora Cristina Munhoz (PSL). Recentemente, o grupo visitou as instalações do Centro de Tratamento de Animais da Fauna Silvestre, localizado dentro do zoológico.
Apoio popular
O projeto de transferência dos animais conta com o apoio da população de Araçatuba que há anos anseia pela destinação da fauna para santuários. Prova disso é uma petição de 2016 assinada por moradores da região para pedir o fechamento do zoológico.
Na época, o secretário afirmou que não seria possível transferir os animais por não haver santuários situados em ecossistemas e climas semelhantes ao do município.