Em meio aos horrores da guerra na Faixa de Gaza, a palestina Raneya Murad, de 42 anos, luta para oferecer algum alívio aos gatos que vivem com ela em um pequeno apartamento. Desde o início dos ataques, cinco dos gatos já perderam a vida, enquanto os sobreviventes enfrentam desnutrição severa, queda de pelos e infecções decorrentes da falta de cuidados e de alimento.
“Somos responsáveis por outras vidas além das nossas e das de nossos filhos. Vidas que não podem pedir nem reclamar”, desabafa Murad. Antes da guerra, seus gatos recebiam duas refeições ao dia. Hoje, precisam dividir os restos do pouco que consegue cozinhar para si e sua família.
A situação dramática não afeta apenas os animais. O Ministério da Saúde de Gaza relatou que, em apenas 24 horas, oito pessoas, entre elas três crianças, morreram de fome e desnutrição, elevando para 235 o número de vítimas desde o início do conflito.
Enquanto Israel contesta os dados e acusa o Hamas de desviar a ajuda humanitária, famílias como a de Murad e seus animais continuam a enfrentar a escassez extrema, cercados pela violência e pelo abandono.
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