Uma fazenda no condado de Nottingham, na Inglaterra, tornou-se lar de diversos animais com “necessidades especiais”, salvando-os da morte e do abandono. Atualmente, mais de cem animais com deficiências físicas e problemas comportamentais vivem no santuário Manor Farm.
Muitos deles passaram grande parte de suas vidas como parte de atrações de zoológicos, enquanto outros foram salvos pouco antes de serem enviados para matadouros. Alguns vieram de outros abrigos que não conseguiam lidar com os cuidados especiais requeridos.
Um pato com apenas uma perna, uma ovelha com artrite e uma cabra com problemas nas articulações estão entre os 172 animais atendidos na fazenda.
Di Slaney fundou o santuário com seu marido, Alan. Eles compraram seis acres de terras atrás de sua casa com a herança deixada por um parente falecido. Mas o casal nunca pretendeu utilizar o espaço como uma fazenda de exploração, então optaram por transformá-lo em um novo lar para animais com deficiência que não teriam a oportunidade de viver bem em nenhum outro lugar.
Di e Alan começaram resgatando galinhas, e depois passaram a abrigar animais maiores como burros, cabras e ovelhas.
Muitos animais chegam ao local extremamente magros e infestados de parasitas. Devido a isso, anualmente quase 100 mil libras são investidas em tratamentos médicos e reabilitação, afirma Di.
A fundadora do santuário inicia suas responsabilidades todos os dias às 6 da manhã, quando prepara os alimentos que serão servidos. Ela só pára por volta das 22h30, após aprontar os animais para dormir. Atualmente ela conta com uma equipe de veterinários e funcionários que a auxiliam nos cuidados especiais de cada animal.
Além disso, Di também encontra tempo para administrar seu negócio editorial e a empresa de consultoria de marketing de Alan, que são fontes de renda para a Manor Farm. Doações corporativas e pessoais também ajudam a manter o santuário.
Vários animais necessitam de cuidados intensos para lidarem com suas restrições. Uma ovelha chamada Hattie precisava de duas semanas de descanso em um estábulo privado e tratamento duas vezes ao dia, após sofrer de um granuloma em uma das patas.
Porém, apesar das dificuldades financeiras e falta de espaço para tantos animais necessitados, Di afirma ser uma tarefa gratificante. “É um trabalho árduo mas quando, por exemplo, você vê ovelhas se alimentando de grama e cabras felizes em seu cercado, vale a pena.”