(da Redação)
A cada ano diminui o número de aves que migram para nossa região. Isto já é o reflexo do processo de extinção, já que eles capturam justamente no período da reprodução. Elas chegam com o início das chuvas no começo de março e migram de volta entre o final de julho e o começo de agosto, quando os filhotes já estão prontos para a primeira jornada de volta para os campos abertos da Venezuela. Os filhotes têm uma plumagem acinzentada parecendo a ave fêmea adulta, no ano seguinte quando migram de volta para o Brasil os machos já chegam com a plumagem adulta ou seja com o peito branco e a parte superior preta com dois bigodinhos brancos próximos ao bico, daí o nome popular da ave.
Tudo tem seu valor no mercado do tráfico de animais. Os atravessadores também compram mamíferos como sagüis, gato maracajá espécie ameaçada de extinção; répteis, etc. Os governantes não fazem nada, as entidades que tem o dever de prender e autuar os traficantes, capturadores e os receptadores também não fazem nada e com isto os animais da Paraíba estão sendo extintos sem ser percebido pelas pessoas decentes. A única arma em defesa destas criaturas tem sido a imprensa da Paraíba, que projeta esta matéria para jornais de outros estados e sites que publicam matérias em defesa da natureza. Observo tudo que esta acontecendo com a fauna e a flora da Paraíba desde a década de setenta e de lá pra cá, a cada dia ela empobrece , lembro que as aves migratórias e domésticas eram muitas e hoje restam poucas algumas em processo de ser extinta como o azulão nordestino que considero como uma ave já condenada a extinção sem possibilidade deste quadro ser revertido já que quase não existe mais e há milhares de pessoas interessadas em capturá-lo. Outras já foram extintas, como a ave engraxadeira, que sequer foi catalogada, pois nunca vi uma foto em lugar algum e desde o final dos anos setenta não a vi mais. Os capturadores estão com equipamentos cada vez mais sofisticados que vai de GPS, gaiolas que variam de oito e até 14 alçapões pois quanto mais rápido a ave for capturada mais o número e o lucro aumenta, redes que capturam de gavião a beija flor. Algumas espécies são capturadas para serem empalhadas já que não se criam em cativeiro a exemplo de espécies de beija flores que são apreendidas para serem empalhadas e vendidas para colecionadores e pessoas que se interessam em ter uma avezinha empalhada para exibir para outras pessoas estúpidas, que acham graça nesta atitude. Crianças e adultos são aliciados, pois vêem na captura de animais uma fonte de renda bem melhor que qualquer trabalho, pois gera mais dinheiro, as crianças são exploradas na hora que vendem o animal capturado para os atravessadores, que pagam mais barato por serem crianças. Muitas não frequentam escola para capturar animais, para elas o lucro do dinheiro é melhor que ir para escola.
Segundo o ambientalista Aramy Fablicio, o que o deixa mais indignado não é o descaso dos governantes, guardas florestais que são poucos para fiscalizar grandes áreas, mas a sociedade civil, que continua a alimentar o tráfico comprando estes animais. Os grandes meios de comunicação só fazem matérias sobre a Amazônia, o pantanal, o cerrado e principalmente a costa marítima. Não sou contra as matérias sobre todos estes santuários ecológicos, acho até que deveriam ser mostradas mais agressões a todos estes locais, mas os grandes meios de comunicações deveriam olhar para a fauna e flora da caatinga ou semi árido. Temos o SOS Mata Atlântica para fazer apologia em defesa da mata Atlântica e mesmo assim todos estes lugares são agredidos de todas as formas. Acho que deveria ser tolerância zero, muitas pessoas mantêm animais silvestres aprisionados nas suas casas, outros desfilam em praças e ruas. Se uma pessoa é pega com droga a policia autua o infrator. O mesmo deveria acontecer com a pessoa que mantém um animal silvestre aprisionado deveria ser autuado e, dependendo do caso, responder processo ou cadeia, desta forma acabaria radicalmente com o tráfico de animais, pois ninguém iria querer ser processado ou até preso por manter um animal aprisionado ou acorrentado. A mesma ação deveria valer para maus tratos a animais domésticos e domesticados. È comum vermos animais silvestres sendo comercializados em feiras livres e pessoas comprando porque acham bonitinhos, mas estas criaturas são tiradas do seu habitat natural e são maltratados por traficantes, e a sociedade continua a colaborar para que estes criminosos enriqueçam e empobreçam a natureza levando várias espécies a extinção, comenta o ambientalista Aramy Fablicio.
Imaginem um lugar onde Deus criou natureza com animais e plantas exóticos que sobrevivem à seca e quando a chuva não vem e o clima fica mais hostil, eles sobrevivem. Só não resistem às agressões do pior dos animais, o “Bicho homem”. Queria falar para os meios de comunicação que Deus também criou vida selvagem aqui e que olhem para estas criaturas exóticas e lindas que estão sendo levadas do seu habitat natural para serem comercializadas nas cidades, principalmente nos grandes centros como São Paulo, Rio, outros estados e regiões e para o exterior.