Uma queimada destruiu um canavial e mais de 2 mil pés de seringueiras em Tanabi, a 477 km de São Paulo. Os reservatórios de látex derreteram. O fogo atingiu ainda pastos, uma área de preservação permanente e a rede elétrica.

Policiais ambientais vistoriaram a área e constataram que foram destruídos cerca de 300 hectares, o equivalente a 600 campos de futebol. Os animais que conseguiram escapar do fogo circulam desnorteados pela área onde tudo virou cinza. A polícia investiga se o incêndio foi acidental ou se foi uma queimada que fugiu ao controle.

Em Votuporanga, o fogo atingiu a palha da cana usada para manter a umidade do solo. Mais de 90 hectares de lavoura recém plantada foram destruídos. O corpo de bombeiros de Votuporanga foi chamado para controlar a queimada. Caminhões “pipa” da usina que arrendou a área também ajudaram no trabalho. A suspeita é de que o fogo tenha começado as margens da Rodovia Euclides da Cunha.

Os satélites monitorados pelo Intituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram 227 focos de incêndio apenas no estado de São Paulo, entre zero hora e 7h30m desta quinta-feira. É a terceira maior quantidade de focos observada no país, atrás apenas do Mato Grosso, com 268, e do Tocantins, com 235.

As queimadas se tornaram frequentes este ano. Desde janeiro, São Paulo já registrou 685 casos.

No final de junho, perto de Mirassol, o fogo destruiu árvores com mais de 30 anos e um canavial. Animais também ficaram feridos.

Em Ibirá, um canavial foi queimado sem autorização e fora do horário permitido. O incêndio durou cerca de dez horas e também destruiu parte da vegetação nativa.

Fonte: O Globo