EnglishEspañolPortuguês

Animais estão morrendo de sede no Chaco boliviano

5 de outubro de 2010
2 min. de leitura
A-
A+

Por Raquel Soldera (da Redação)

O período mais seco em 20 anos faz com que a região boliviana do Chaco atravesse um longo período de seca este ano. A escassez de água para consumo afeta fortemente as comunidades rurais e provoca a morte de animais.

A Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA, em inglês), se comprometeu a levar água por dois meses para ajudar a aliviar o sofrimento dos animais que vivem nas áreas mais afetadas.

Segundo informações do jornal El Paradiario, desde novembro de 2009 as alterações climáticas resultaram em uma diminuição significativa das chuvas na Bolívia, que afetou nove províncias. No final de junho, o governo nacional declarou estado de emergência para a região de El Chaco, uma grande quantidade de terra dedicada à agricultura (1.000.000 km ²), localizado no sul do país.

Acredita-se que a seca continuará até dezembro deste ano, e a situação é cada vez mais desesperadora. A economia está gravemente afetada, com a perda de colheitas, devido à falta de água e à infra-estrutura precária da região.

Animais estão morrendo de sede (Foto: El Paradiario)

A equipe de gerenciamento de desastres do escritório da WSPA para a América do Sul confirmaram que os animais, especialmente os bovinos, estão morrendo de sede. As chuvas ainda são inferiores à média registrada nesta época do ano, e os caminhões-pipa enviados pelo governo local não estão conseguindo abastecer a região.

Por esse motivo, desde o início de setembro a WSPA começou uma intervenção de 60 dias, onde, basicamente, leva água para as áreas mais afetadas (Charagua, Boyuive e Cuevo), no Chaco. Três caminhões com capacidade para transportar 15.000 litros de água abastecem pelo menos duas vezes por dia os tutores de animais.

Se estima que cerca de 9.000 animais serão beneficiados com esta ajuda.

Esta solução é temporária, enquanto o governo começa a perfurar mais poços em pontos específicos onde estão estabelecidas as comunidades de agricultores na região.

Luis Carlos Sarmiento, diretor regional da WSPA na América do Sul, disse que “este é um momento difícil para os animais de El Chaco. É muito triste ver os animais morrerem, e é ainda mais triste saber que o nível de chuvas permanecerá baixo. Nós definitivamente temos que estar lá, mas desta vez não vamos apenas responder à emergência, estaremos envolvidos em esforços com as autoridades locais para impedir que os animais passem pelo mesmo sofrimento no futuro”.

Você viu?

Ir para o topo