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Animais estão há 4 anos em situação deplorável aguardando decisão judicial

30 de novembro de 2010
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Sociedade Protetora dos Animais adquiriu terrenos em Gondomar e espera  licença há quatro anos. Recorreu para o tribunal

A Sociedade Protetora dos Animais (SPA) do Porto (Portugal)  há vários anos luta por novas instalações. Foi praticamente obrigada a abandonar a zona das Antas, mas acabou beneficiada num processo indenizatório. Comprou 81 mil metros quadrados em Baguim do Monte, Gondomar, mas está há quatro anos à espera de licença de construção. Enquanto o caso se arrasta pelos tribunais, 750 animais estão em deploráveis instalações provisórias no antigo matadouro no Porto.

As antigas instalações foram desativadas há cerca de dez anos, no âmbito do polêmico Plano de Pormenor das Antas. De acordo com o protocolo assinado em novembro de 2001 com a câmara, a SPA receberia dois terrenos como pagamento pelo espaço que ocupava na zona das Antas, mais um terceiro terreno como indenização pela mudança, tendo ainda a autarquia assumido o compromisso de construir 300 canis na nova casa da SPA, além das instalações hospitalares para os animais.

A venda dos terrenos cedidos pela Câmara do Porto, com uma capacidade construtiva de onze mil metros quadrados, serviria para a aquisição do novo espaço. A SPA ainda pensou na Quinta Fonte da Vinha, em Gaia, mas a autarquia rejeitou a proposta. O local ideal acabou por ser encontrado em Baguim do Monte, concelho de Gondomar, tendo inicialmente o projeto sido aplaudido pela autarquia local. “Apenas faltou vontade política, e o processo está há espera de execução há quatro anos”, explica Ermelinda Martins, presidente da SPA. A Assembleia Municipal de Gondomar chegou a votar favoravelmente a construção do canil, mas o protesto de alguns dos moradores fez a autarquia recuar. “As decisões políticas são tomadas em função dos votos”, diz a presidente da SPA.

A protetora tem três milhões de euros para investir numa nova casa para quase dois mil animais abandonados, mas terá de aguardar por uma decisão do tribunal para que recorreu, em agosto, numa ação judicial contra a Câmara de Gondomar.

Fonte: DN Portugal

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