O Ano Internacional da Biodiversidade, cujo arranque é assinalado hoje, segunda-feira, em Berlim, tem como objetivo a tomada de consciência por parte de todos os cidadãos sobre a importância de proteger animais e plantas, no meio onde vivem.
A iniciativa foi lançada em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU), que apelou à participação das associações internacionais em ações que visem alertar para o contínuo empobrecimento da biodiversidade, com o desaparecimento de milhares de espécies.
Em Portugal, estão planejadas várias ações de sensibilização e divulgação ao longo do ano para “levar a temática da biodiversidade ao cidadão”, como disse a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro. “Não queremos que continue a ser uma preocupação de elites técnicas, queremos que desça ao cidadão porque temo-nos dado conta de que mesmo técnicos de outras áreas olham para a biodiversidade com desconhecimento”, defendeu a ministra.
A Convenção para a Diversidade Biológica alerta que a biodiversidade está ameaçada e as espécies desaparecem a um ritmo mil vezes superior ao seu ritmo natural, uma tendência que poderá ainda acentuar-se.
Ao ritmo atual, cerca de 34 mil espécies de plantas e 5.200 espécies animais correm o risco de extinção.
Por seu lado, a União Internacional para a Conservação da Natureza tem uma “lista vermelha” que destaca os mamíferos, em que uma espécie em cada duas está em declínio. Os cientistas estimam que “a sexta extinção em massa” das espécies já está decorrendo. A última conhecida refere-se ao desaparecimento dos dinossauros e aconteceu há 65 milhões de anos.
Em 2008, a Assembleia Geral da ONU convidou todos os países-membros a criar comitês nacionais, integrando representantes de entidades locais, para celebrar o Ano Internacional da Biodiversidade.
A ONU vai marcar o Ano Internacional da Biodiversidade organizando duas conferências. Uma delas, a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), no âmbito da qual é publicada a “lista vermelha” das espécies ameaçadas cuja comercialização é proibida, realiza-se em março, no Qatar. O outro evento é a 10ª conferência da Convenção sobre Diversidade Biológica, que terá lugar no Japão, em outubro.
Fonte: Jornal de Notícias