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Animais domésticos sofrem com as enchentes e alagamentos do verão

29 de janeiro de 2010
4 min. de leitura
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Cachorro nada tentando salvar-se de enchente. Foto: S/C

 Um verão extremamente chuvoso, com índices assustadores e tempestades violentas, deixa  as cidades vulneráveis e sujeitas a grandes enchentes. Foi o caso recente de São Paulo e vários outros lugares totalmente alagados de uma hora para outra. São praticamente diárias as reportagens nos noticiários com imagens das enchentes, onde é comum ver casas com mais de dois metros de água e outras quase totalmente encobertas. Cenas de bombeiros e cidadãos comuns salvando pessoas também viraram rotina.

Diante destas cenas, para aqueles que amam os animais e se preocupam com suas vidas, sempre fica a pergunta: e os animais domésticos em meio à situação? Por incrível que pareça, em nenhuma das reportagens aparece alguém salvando algum animal. É como se simplesmente eles não existissem. Ao mesmo tempo, sabe-se que raramente se encontra alguma casa onde não haja um gato, cachorro, aves etc.

Mais uma vez presenciamos a tragédia da ausência de preocupação dos seres humanos com os animais. Além de mantê-los presos a vida toda, sequer se lembram de seu direito à vida e de seu sofrimento.

Alguns cuidados para quem mora em lugares de enchentes

Pensando nesses nossos irmãos, enumeramos aqui alguns conselhos e ideias para, ao menos, ajudar-lhes a sobreviver às enchentes. Quem não tem nenhum animal, pode aconselhar vizinhos, parentes e amigos.
Gatos
  
Gatos vítimas de alagamentos. Foto: S/C

Os gatos, por sua facilidade de subir em telhados ou qualquer lugar de difícil acesso, são os que têm mais chance. Claro que isso só é possível quando estão soltos. Por isso, quando alguém for fugir da enchente, deixe o gato sair antes de fechar a porta. Ele sabe o que fazer.

Cães

São os que correm maior risco. O perigo mais grave está para os que são criados amarrados a uma corrente, que na maioria dos casos não tem nem dois metros de comprimento. Primeiro, os tutores devem soltá-los imediatamente, já que nenhum animal merece ficar preso a uma corrente, seja qual for o motivo encontrado para praticar tal brutalidade. Mas no caso de a pessoa persistir no erro, o pobre cão deve ser solto antes de as águas começarem a subir, pois, na maioria das vezes, isso acontece com muita rapidez. Uma boa ideia para quem tem cães no quintal, em locais de enchente, é deixá-los sempre soltos e manter uma escada encostada ao telhado ou algum ponto alto da casa. Na hora do aperto o cão subirá por ela e ficará no telhado.
 
Aves
 
Na maioria são pequenos pássaros criados em gaiolas. Para esses infelizes, a única solução é nunca esquecê-los em locais baixos sujeitos a alagamento. Assim como costumam subir os móveis para locais não atingíveis pela água, o mesmo deve ser feito com os pássaros e outros pequenos animais criados presos, sejam peixes, roedores etc.
 
Abandono de casa
 
Quem for obrigado a abandonar a casa por encontrar-se condenada ou em área de risco, deve pensar em seus animais. Os cães podem acompanhar o responsável  para a casa de parentes ou outra casa. Os animais mantidos em gaiolas também podem ser transportados para qualquer lugar. 
Menina salva cachorro usando apoio improvisado. Foto: S/C

Os que apresentam maiores problemas com uma mudança rápida são os gatos, pois são muito apegados ao local onde foram criados. Quando se tratar de mudança para uma outra casa, deve-se levá-los com cuidado e bem presos – de preferência numa maleta ou caixa apropriada para transporte de animais –, pois se assustam com facilidade. Na nova casa é importante que eles encontrem as mesmas coisas que tinha na anterior: o mesmo cheiro, móveis, sua casinha ou almofada. É importante também que não seja solto de uma vez e possa ir se adaptando aos poucos. Quando a mudança é para a casa de parentes, a situação é ainda mais complicada. Dependendo do temperamento do gato, nunca se adapta e tenta fugir sempre. Neste aspecto, as fêmeas têm mais facilidade de adaptação do que os machos.

Fonte: Jornal Defesa dos Animais 

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