Um estudo realizado por duas universidades americanas buscou entender como pensavam tutores de animais quando precisavam escolher entre salvar a vida de seus animais ou de desconhecidos. A pesquisa levava em conta entender como essas pessoas enxergavam alguém biologicamente da família, como um primo ou irmão, e alguém psicologicamente da família, como um animal doméstico.
Para tal, a seguinte pergunta foi feita para todos os participantes: um ônibus está vindo na sua direção e não mostra nenhum sinal de que vai parar. O seu animal e um turista estrangeiro estão no caminho. Você só pode salvar um. Quem você salvaria?
A pergunta depois foi modificada: ao invés do seu animal, o animal do vizinho; e, ao invés de um turista estrangeiro, um desconhecido da sua cidade natal, um primo de terceiro grau, um melhor amigo, um avô ou um irmão.
Diferença entre homens e mulheres
No primeiro cenário, 40% das pessoas optaram por salvar a vida dos seus animais. Para as mulheres, o número ainda é mais alto, com 45% das mulheres escolhendo a vida do seu cão ou gato. A pesquisa mostra que o cachorro é considerado um membro psicológico da família, especialmente para as mulheres. Sendo assim, a conclusão foi que entre salvar um membro psicológico da família ou um desconhecido, os participantes optam por salvar alguém da família, mesmo que o integrante seja apenas no psicológico. Mas, quando a escolha é entre um membro biológico e um membro psicológico da família, a escolha fica muito mais difícil.
Entre o cachorro tutelado por uma outra pessoa e um turista estrangeiro, a maioria das pessoas escolheram o turista, mostrando que realmente o critério de avaliação é o “parentesco.” Para muitos, os animais são família e por isso, não seriam abandonados em um momento tão crítico.
Os animais conquistaram um espaço de “ser humano” na casa de seus tutores
Um questionário conduzido pela Associated Press nos Estados Unidos confirmou essa hipótese, revelando que metade dos tutores consideram os seus animais domésticos membros totais da família (como se fosse biológico) e outros 36% consideram os animais membros parciais da família (é da família mas não é igual aos humanos).
Para mulheres, a consideração pelo animal doméstico é ainda maior, com 66% das mulheres solteiras e 46% das mulheres casadas considerando o seu animal um membro da família.
Dados como esses mostram o posicionamento que os animais conquistaram nas vidas dos tutores. Hoje, são considerados membros da família e, em diversos casos, tem os mesmos direitos e luxos do que os outros integrantes. Quando questionados, a maioria dos tutores admitem que já deixaram o seu animal doméstico dormir na sua cama, já alimentaram comida humana para os seus animais e já compraram roupas para eles.
Diversos tutores também já viajaram com os seus animais domésticos, tanto com os seus cachorros quanto com os seus gatos.
Fonte: Linkanimal