A juíza Ana Barbuda determinou, por meio de liminar, a remoção dos animais do circo Portugal, cuja tenda estava instalada no Campo da Pronaica, bairro de Cajazeira X, na Bahia. A magistrada acatou o pedido do promotor de justiça Heron Gordilho, colunista da ANDA, e de duas associações protetoras dos animais: a Terra Verde Viva e a Célula-Mãe.
Os donos do circo foram notificados da decisão judicial, emitida durante o plantão judiciário, por uma oficial de justiça, que chegou ao local uma hora e meia depois do que estava previsto.
A demora da chegada da oficial aumentou o clima de tensão entre os defensores dos animais e os circenses. Houve discussão, e o filho de um donos do circo, que não foi identificado, empurrou o presidente da ONG Germen, Marcell Moraes.
O delegado titular da 13ª CP (Cajazeiras), Tadeu Braga foi chamado para que a liminar fosse cumprida. Ele teve apoio de policiais militares e da Polícia Ambiental. A intimação foi assinada por Marco Silva, um dos empresários circenses.
Foram levados numa caminhonete, no início da tarde deste sábado, ao Zoológico de Salvador, em Ondina: dois elefantes, um cavalo, dois camelos, um cachorro, e uma variedade de patos. Havia informação de que havia também um leão, mas a informação ainda não foi confirmada.
“A decisão da juíza deu-se pelo flagrante descumprimento do que determina a lei de crimes ambientais. Só o fato de os dois elefantes estarem acorrentados num espaço de menos de mil metros quadrados já configura maus-tratos”, afirmou a presidente da Terra Verde Viva, a advogada Ana Rita Tavares. Ela afirma que a liminar representa uma mudança de paradigma: “As pessoas estão acostumadas a verem os animais no circo como se fosse uma coisa normal. E não é. Os animais sofrem com o tratamento que é dado a eles”, declarou.
Com informações de A Tarde
Nota da Redação: Esperamos que os animais sejam transferidos para um santuário, em vez de ficarem em zoológicos, onde estão também expostos à exploração.